sexta-feira, 12 de abril de 2013

RECORDANDO O BATELÃO “GIBRALTINA”



 O batelão GIBRALTINA amarrado na Carbonifera, rio Douro, 1958 /foto F, Cabral, Porto/.


O batelão MAIORCA sai a barra do Douro, sob mar de andaço e barra assoreada, conduzido pelo rebocador FALCÃO PRIMEIRO em 12/01/1972 /Foto Rui Amaro/.


Os batelões MAIORCA e GIBRALTINA na doca do poço do Bispo, a aguardar ida para Alhos Vedros em 1998 /foto de autor não identificado e gentilmente transmitida por Nuno Bartolomeu, Almada/.

Batelão GIBRALTINA, ff 43,91m/ boca 09m/ pontal 03,03m/ 397,91tb/ 361,12tl/ 1.090ct/ 710dwt/ calado 9’-11’/ cabinado à ré c/ roda de leme/ 2 porões cobertos com travessas de madeira/ lotamento 8 homens no tráfego costeiro e 4 no fluvial; 1923 construído na Alemanha; 1947 reconstruído pelos Estaleiros Navais de S. Jacinto, Aveiro, para Pascoais Unidos Lda., Matosinhos/Porto, passando, juntamente com o batelão CANTANHEDE e COSTA NOVA, a operar no tráfego costeiro entre Setúbal e o Douro, ambos rebocados pelo rebocador MARIALVA, do mesmo armador, no transporte de cimento ensacado da Companhia Secil e no retorno levando carvão em pó da Empresa Carbonífera do Douro para aquela cimenteira do Outão; 03/06/1954 GIBRALTINA, Sofamar – Soc. de Fainas de Mar e Rio, Lisboa, continuando no mesmo trafego e mais tarde, depois do fatídico naufrágio do rebocador MARIALVA e dos batelões CANTANHEDE e MICAELENSE, passou a transportar ferro da Siderurgia do Seixal, juntamente com o batelão JOÃO DIOGO, ex vapor ZÉ MANEL, e o moderno MAIORCA para o Douro e Leixões, ambos rebocados pelo reconstruido rebocador FALCÃO 1º, também da Sofamar. E se bem me lembro, fez algumas viagens conduzido pelo SOURE e também pelo FOZ DO VOUGA; 1972 GIBRALTINA transferido para o tráfego fluvial no rio Tejo, e os dois porões passaram a ser cobertos com encerados, passando a tripulação a ser composta por um mestre e dois marinheiros, fazendo o transbordo entre os grandes graneleiros fundeados no Mar da Palha e a muralha; 1977 ETE – Empresa de Trafego e Estiva SA, Lisboa, que o empregou no mesmo trafego fluvial; 1987 encostou ma doca do Poço do Bispo juntamente com outras unidades do armador; 1998 foi vendido a sucateiros de Alhos Vedros. Rio Tejo, para desmantelamento.
Fonte: Lista Nac. da Marinha Mercante – 1963 ; Nuno Bartolomeu, Almada
Rui Amaro

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