ESTE ARTIGO, MOSTRA A EVOLUÇÃO DA ANTROPONOMIA (APELIDOS) DAS FAMILIAS DE OVAR DO SÉC. XVI AO XIX, MESMO DOS «VAREIROS» ESPALHADOS PELO MUNDO, PUBLICADO ESTE ANO DE 2009 NO BOLETIM «DUNAS» DA CAMARA MUNICIPAL DE OVAR.
OSCAR FANGUEIRO
Blog para troca de impressões sobre navios e portos
ESTE ARTIGO, MOSTRA A EVOLUÇÃO DA ANTROPONOMIA (APELIDOS) DAS FAMILIAS DE OVAR DO SÉC. XVI AO XIX, MESMO DOS «VAREIROS» ESPALHADOS PELO MUNDO, PUBLICADO ESTE ANO DE 2009 NO BOLETIM «DUNAS» DA CAMARA MUNICIPAL DE OVAR.
OSCAR FANGUEIRO
Parece impossível, que a navegação marítima, apesar de equipada com tanta tecnologia sofisticada, GPS, radares, satélites, etc., ainda continua a ser motivo de acidentes, como o ocorrido com o porta-contentores S. GABRIEL,100,6m/4.454tb, agora encalhado nos Açores desde 21.11.2009. Ainda sem se entender como! Desatenção, cansaço do pessoal de quarto, avaria na agulha ou na máquina do leme!? Para já é prematuro dar opiniões, só o protesto de mar, elaborado pelo seu comandante, dar-nos-há a conhecer o que sucedeu. O certo é que os acidentes marítimos continuam a ocorrer, constantemente por esse mundo fora.
Ainda bem que o S. GABRIEL, lotado com tripulação qualificada (2 oficiais Alemães e a restante de nacionalidade Portuguesa) apesar de pertencer a um 2º registo Germânico, não incluía marítimos de países, cuja qualificação é deveras duvidosa, está equipado com 2x40tm grua que muito auxiliarão na baldeação dos contentores para outra embarcação de reduzido calado, que se possa prolongar com o navio sinistrado, talvez um “pontão” (batelão).
Pena foi, não se encontrar fundeado em qualquer porto Açoriano, fazendo “estação”, como até há bem poucos anos assim sucedia, um possante rebocador salvadego, o qual se teria deslocado de imediato para o local do sinistro, e muito possivelmente o S. GABRIEL já estaria de regresso às ilhas, depois de escalar Lisboa e Leixões.
Não conheço a área a onde o navio está encalhado, mas vou dar uma sugestão “idiota” para salvamento de navios na situação do S. GABRIEL, mas que já tem dado resultados positivos, pelo menos aqui no Douro e um outro caso na ilha do Sal.
Aqui na barra e no próprio rio Douro, a primeira coisa que os pilotos procediam, era espiar ferros (ancorotes dos pilotos, que os tinham em grande quantidade) ao lançante, ou estabelecer cabos de arame para os cabeços em terra, a fim do navio encalhado não descair para lugar mais critico, depois pela preia-mar, começavam a virar de bordo esses ferros ou arames e os ferros de proa do próprio navio, se os tinha lançado à água e máquina a trabalhar ao máximo, e resultava, mesmo sem rebocador. Houve casos em que estavam vários rebocadores portuários na área e nenhum deles era chamado a colaborar no desencalhe.
Os próprios salvadegos, quando se preparam para pôr a flutuar navios encalhados, por vezes têm os seus ferros ao lançante com bastante amarra, para quando começarem a puxar, vão virando os ferros, e assim ajudam a safar o navio acidentado.
Um outro caso, contou-me um parente meu, embarcado como praticante a oficial num navio da série B da Sociedade Geral, que na década de 50 encalhara na Ilha do Sal, deu de sugestão ao seu comandante, que se arranjasse embarcação, que levasse enforcados os ferros de proa o mais distante possível, e assim se procedeu, e ao preia-mar foi-se virando os ferros e máquina a trabalhar, e o navio lá se safou, sem ajuda de um dos rebocadores de alto-mar PRAIAS, que já ia de rumo a Cabo Verde, acabando por retroceder para Lisboa.
Esperemos que o tempo continue bonançoso, para que aquela excelente unidade da marinha mercante Alemã, que trafega em águas Lusas, e com tripulação maioritariamente Portuguesa, não tenha a mesma sorte do CP VALOUR e consiga safar-se o mais breve possível.
Foto da Box Lines – Navegação S.A. ©
Foto e notícia retirada do jornal CORREIO DOS AÇORES de 22.11.2009, assinada por João Paz ©
http://www.correiodosacores.net/view.php?id=25556
Rui Amaro