segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EMBARCAÇÃO-BAR “GANDUFE” EX BATELÃO DO MESMO NOME

 A embarcação-bar GANDUFE / autor desconhecido - enviada por Nuno Bartolomeu, Almada /.

A embarcação-bar GANDUFE, que se encontra ancorada no estuário do rio Douro, margem direita, junto do lugar do Ouro, diante da antiga fábrica do Gás, foi um antigo batelão fluvial que operava no estuário do Tejo, no transbordo de mercadorias vindas do exterior, nomeadamente cereais, dos grandes graneleiros que descarregavam no meio daquele estuário, sobretudo no ancoradouro denominado Mar da Palha, devido ao excessivo porte e calado daqueles navios, que se viam incapazes de acostar a docas e cais marginais, ou ao congestionamento dos mesmos.
O GANDUFE foi construído em 1947, juntamente com uma razoável série de batelões gémeos, pelos estaleiros da CUF, sedeados na Rocha do Conde de Óbidos, para a Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, de Lisboa, a fim de satisfazer as necessidades de baldeação dos seus próprios navios.
Caracteristicas: 31,86m/ 400tb/ dois porões cobertos por encerados/ uma cabine à popa/ um mestre e dois marinheiros.

O batelão GANDUFE a receber trigo Americano transportado pelo graneleiro RIO ZAIRE da CTM com a assistência da cábrea-flutuante AURIGA da Socarmar junto do cais da Rocha do Conde de Óbidos, porto de Lisboa em 1980 / autor desconhecido - enviada por Nuno Bartolomeu, Almada /.

Em 1972 a Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, foi integrada na Companhia Nacional de Navegação, de Lisboa, e o GANDUFE passou a fazer parte da frota da SOCARMAR – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas, de Lisboa (Grupo ETE), assim como os demais batelões da antiga armadora fundada pelo grande industrial Alfredo da Silva.
Em 1987 o GANDUFE e os gémeos GAMBIM, GAVINHA, GANDARINHA, GANDARELA foram vendidos pela Socarmar a interesses industriais areeiros no rio Douro, algures na zona de Entre-os-Rios/Castelo de Paiva, a fim de serem convertidos em batelões-draga com grua de gadanha para a extração de inertes naquele rio, no entanto aqueles três últimos rumaram a montante, contudo o GANDUFE ficou-se pelo lugar de Massarelos, Porto, tendo sido transformado em 1997, por um estaleiro local numa embarcação-bar, sob gestão da organização PORTORIO com enorme sucesso, conservando o nome de origem, e apostando numa vertente rock e electrónica mais alternativa. Apresentando um ambiente jovem e muito animado e com três grandes áreas: O upperdeck, a funcionar como bar lounge, o Mainfloor, a sala de eventos musicais no antigo porão, a Outzone, destinada a eventos ao ar livre, Tudo isto com uma panorâmica invejável.

O batelão GANDARA varado no Seixal para desmantelamento / autor desconhecido - enviada por Nuno Bartolomeu, Almada.

Um sexto batelão, o GANDARA, que deu nome aquela classe de batelões, foi desmantelado no Seixal,
Fonte: Nuno Bartolomeu, Almada.
Rui Amaro

PS – Contra o que se relata em blogues/páginas, o batelão GANDUFE jamais realizou viagens para Africa, e a única travessia oceânica que efectuou foi do estuário do Tejo para o rio Douro, a reboque.   

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