sábado, 5 de novembro de 2011

REBOCADOR "LIBERAL" DA PRAÇA DO PORTO

 o LIBERAL conduzindo de saída da barra do Douro um palhabote / Colecção F. Cabral /.

Rebocador LIBERAL, 19m/ 35tb/ 200hp; 1889 entregue por um dos estaleiros navais sediados em Vila Nova de Gaia, à Parceria de Reboques Liberal Lda, do Porto; 1916 LIBERAL, Empresa de Pescarias e Reboques Lda, do Porto; 1917 ALENTEJANO, interesses na praça de Lisboa; Subsequente história ainda não encontrada.
O LIBERAL junto da Ribeira participando num festival náutico ou em alguma excursão fluvial / postal ilustrado da cidade - colecção F. Cabral, Porto /.

O vapor LIBERAL além do serviço de apoio às fainas fluviais no porto do Douro, e idas a Leixões e outros portos conduzindo fragatas, era empregue em excursões fluviais de curta distancia e como transbordador no transporte de passageiros entre a Ribeira e a Cantareira, nomeadamente em ocasiões de greves nos transportes, e também ia ao porto de Leixões, levando romeiros que iam passar o dia a Matosinhos, a fim de assistirem à romaria e às solenidades religiosas em honra do Nosso Senhor de Matosinhos.
O "link" abaixo mostra-o diante da praia da Ribeira d'Abade, Valbom, em serviço de excursão ou transporte de passageiros, e a seu bombordo distingue-se um vapor, que parece um iate de recreio ou mesmo uma pequena unidade naval.
Fontes: Memórias; F. Cabral, Porto.  
Rui Amaro
  
ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OS BARCOS DA CARREIRA DO RIO DOURO

Barcos de ribadouro em operações comerciais nas escadas da Padeira, do lugar do cais da Ribeira, na cidade do Porto / postal ilustrado da cidade /.

Continuam as viagens, saindo das escadas da Padeira, do lugar do cais da Ribeira, na cidade do Porto, para a Régua no dia 06/03/1839, impreterivelmente se o as condições de tempo o permitir e sucessivamente todas as quartas-feiras; e da Régua para o Porto no dia 11 e todas as segundas-feiras; sendo o preço dos passageiros 1$920 dentro da tolda e 960 fora da mesma. As encomendas a 80 reis, aquelas que forem de pouco peso e as mercadorias de grande volume será por ajuste.
Todas as encomendas e mercadorias poderão ser recebidas nos seguintes portos: Caldas de Moledo, Bernardo, Porto de Rei, Aregos, Entre-os-Rios e Espadaneda. Quem quiser carregar ou ir de passagem deve dirigir-se ao escritório da Administração da firma, nos Guindais, nº 57, à Ribeira, do Porto.
Como é sabido a navegação de passageiros e carga já de há muitos anos sulcava o rio Douro, contudo com grandes dificuldades e muito acidentada, dando origem a enormes prejuízos materiais e humanos.

Titulo de propriedade da encomenda/mercadoria (B/L) próprio para transportes fluviais relativo a um embarque realizado em 11/1861 pelo barco nº 811 da Navegação do Douro, do Porto para a Régua / colecção F. Cabral /.

Barco rabelo carregado larga do Porto de rumo à Régua / postal ilustrado da cidade /.

Fonte: Jornal "Periódico dos Pobres do Porto" – 05/03/1839.
Rui Amaro

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A CORVETA PORTO


 PORTO foi o nome dado pela Armada de Portugal a um dos maiores navios construídos no rio Douro e que honrou a cidade do Porto e as suas gentes, e foi também o último navio de guerra a sair do antigo Arsenal da Ribeira do Ouro, Lordelo do Ouro.
A construção foi contratada com Bernardino Joaquim de Azevedo por 25.000$000 reis, segundo acordo assinado na Intendência de Marinha da cidade do Porto em 02/11/1845.
Os trabalhos de construção foram iniciados em 02/02/1846 e a quilha foi assente em 09/03. Os trabalhos foram demorados devido à dificuldade de encontrar pessoal especializado, pelo grande número de navios em construção nas várias carreiras do rio Douro, incluindo a carreira vizinha do Arsenal.
A corveta foi finalmente lançada á água em 07/01/1848, e os acabamentos finais foram realizados com a embarcação ancorada junto do Arsenal. A saída para Lisboa foi retardada devido ao estado do mar, e somente entrou no Tejo em 06/11/1849 com 45 horas de viagem a reboque do vapor da Armada INFANTE DON LUIZ, com 75 homens de guarnição e 3 passageiros.
A primeira comissão de serviço foi uma viagem à Madeira com o governador da província, brigadeiro Fortunato José de Barros, e a Cabo Verde.
Realizou mais outras viagens ao longo da costa e ao Ultramar.  
Em 05/01/1855 desarmou para fabricos, ficando o comandante como oficial encarregado.
Em 14/09/1858, quando se encontrava na Azinheira, margem sul do estuário do Tejo, foi pasto de um incêndio e foi desarmada e abatida ao serviço.
Corveta – navio de três mastros, armado com 20 a 30 peças, e em termos de dimensões e armamento situa-se entre a fragata e o brigue, que era o caso da PORTO que armava 24 peças, e na questão da mastreação era uma galera.
INFANTE DON LUIZ - 46,9m cpp/ 532tb/ 1 máquina de baixa pressão/ 2 rodas de pás laterais/ 10 nós/ guarnição máxima 108 elementos; 05/1832 entregue por John Duffus & Co., Aberdeen, como ROYAL TAR a R. Bourns e al; 1834 REYNA GOVERNANDOLA, Governo de Espanha; 1847 INFANTE DON LUIZ, Armada de Portugal. Vapor tomado pela Junta Revolucionária do Porto e que serviu como transporte até 1857
Fontes: Imprensa diária; F. Cabral, Porto.
Imagem: Autor desconhecido – colecção F. Cabral, Porto.
Rui Amaro

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

LORDELO – UM VAPOR QUE NÃO QUER IR PARA O MAR


 

 Num dos estaleiros do Ouro, na cidade do Porto, mais propriamente nuns terrenos onde hoje se situa o jardim do Cálem, junto à Ilha do Frade, vulgo Ínsua do Ouro, foi construído em madeira, por volta de 1920, um navio a vapor, a que o seu armador, a firma Companhia de Navegação Portuense, SARL, sedeada na rua da Reboleira, 49, da cidade do Porto, o baptizou com o nome de LORDELO, possivelmente pelo motivo do local onde foi construído pertencer à freguesia de Lordelo do Ouro.
Acontece quando se realizou a cerimónia do seu lançamento à água, com a presença de convidados e populares, sempre presentes nestes eventos, a neófita embarcação não se moveu. Não se moveu quando se lhe cortou a bimbarra, não se moveu quando o aliviaram das escoras, sucedendo o mesmo quando um rebocador o puxou, só conseguindo rebentar três cabos de reboque e uma grossíssima amarra. No dia seguinte repetiram-se as tentativas sem resultado. No terceiro dia nada se conseguindo, nem também ao quarto dia.
O teimoso vapor que até parecia que tinha alergia à água, era de cerca de 62m de comprimento, 11m de boca e 6m de pontal. Era uma excelente embarcação, que apenas tinha o defeito de não querer navegar nem com três rebocadores a puxar por ele, mas lá acabou por se convencer a deslizar pela carreira, e terminar os aprestos finais em pleno rio Douro.
Desconheço a história subsequente do "teimoso", apenas sei que só realizou uma única viagem, cujo destino foi os E.U.A.
Fontes: Ilustração Portuense/ fotos I. Dias
Rui Amaro

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