domingo, 29 de dezembro de 2013

REBOCADOR “MONTE DA LUZ”/ “SAFADO”

O MONTE DA LUZ demandando a barra do Douro em 03/08/1994 / Rui Amaro /.

O MONTE DA LUZ, da empresa Rebonave em fabricos no estaleiro da Setenave em 1998

O MONTE DA LUZ da empresa Rebonave em provas de mar ao largo do Cabo Espichel em 1998

O SAFADO em manobras junto do cais da Rocha, vendo-se ao fundo o rebocador PORTEL, da Rebosado, fretado à Svitzer, e ainda o navio escola Dinamarquês DANMARK, 09/1913 

MONTE DA LUZ, imo 7004732/ 25,78m/ 122,67tb/ 12,97tl/ calado 2,27m/ 2x Deutz SBA 8M528/ 2xVoith Schneider 20E/ esforço de tracção 14tons; 12/1969 entregue pelo estaleiro Argibay – Sociedade Construcções Navais e Mecânicas, Alverca do Ribatejo, à APDL – Administração dos Portos do Douro e Leixões; 29/01/1975, o MONTE DA LUZ que com outros rebocadores da APDL auxiliava as manobras de atracação do malogrado petroleiro Dinamarquês JAKOB MAERSK ao posto A do terminal de petroleiros do porto de Leixões, o qual se incendiou e se perdeu, arriscando conseguiu salvar os 2 pilotos da barra e 17 tripulantes, que sobreviveram à enorme tragédia; 1998 MONTE DA LUZ, Rebonave – Reboques e Assistência Naval SA, Setúbal; 2011 SAFADO, Lutamar – Prestação de Serviços à Navegação, Lda, Setúbal; 2011 SAFADO, Empresa Resistência, Lisboa, Grupo Lutamar; 12/2013 em serviço activo no porto de Lisboa. Rebocadores gémeos: MONTE DA LAPA e MONTE XISTO.
Em minha opinião este trio de rebocadores portuários muito funcionais são dos mais elegantes que alguma vez já vi.
Fontes: Miramar Ship Index, Nuno Bartolomeu, de Almada.
Fotos de autor desconhecido, amavelmente transmitidas por Nuno Bartolomeu, de Almada.
Rui Amaro

ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on NAVIOS Á VISTA, which will be very much appreciated.

ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.

sábado, 28 de dezembro de 2013

VAPOR PORTUGUÊS “LUGELA” (1)

O LUGELA algures em qualquer porto da Africa Portuguesa, década de 60 / Autor desconhecido - Colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA no porto de Lisboa, finais da década de 40 / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA fundeado na bacia do porto de Leixões em 04/04/1968 / Rui Amaro /.

O LUGELA no estuário do Tejo, assistido por um rebocador de companhia (MUTELA/MAFRA) na d+ecada de 60 / Autor desconhecido . colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA fundeado no mar da Palha, estuário do Tejo, aguardando comprador em 1971 / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

O DORTMUND navegando no porto de Hamburgo / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

Vapor Português de linha LUGELA (1), imo 5214149/ código CSKB/ 128,8m/ 5.277tb/ calado 07,73m/ 4xturbinas a vapor Blohm & Voss, de 1926, 3xfornalhas cada para pressão de 15K/cm2, potência 3.000 cavalos, 12 nós/ 53 tripulantes/ 12 passageiros; 14/10/1926 entregue por Blohm & Voss, Hamburgo, como DORTMUND à Deutsche Australische Dampfs Ges., Hamburgo; 1926 DORTMUND, Hamburg Amerika Linie, HAPAG, Hamburgo; 08/09/1939 devido ao eclodir da 2ª guerra mundial refugiou-se no porto neutro de Lourenço Marques, juntamente com outros navios Alemães, a fim de evitar ser atacado pelas forças navais inimigas; 20/05/1943 LUGELA, Companhia Colonial de Navegação, Lisboa;  Em plena guerra mundial, motivado pela falta de unidades mercantes Portuguesas e estrangeiras para fazer face à manutenção das trocas comerciais e ao abastecimento de produtos e bens essenciais à vida do país, ilhas adjacentes e colónias, foram adquiridos em segunda mão as seguintes unidades: SERPA PINTO, LUANGO, HUAMBO, BAILUNDO, LUGELA, BUZI e o minúsculo MICONDÓ pela C.C.N; SOFALA pela C.N.N. e o SETE CIDADES pela C.N.C.A. Para a compra dos navios de nacionalidade Alemã, devido à situação de guerra, teve de haver inteligente diplomacia do governo Português com “Berlim” e com os “Aliados” e sempre com uma difícil concordância daqueles beligerantes, caso da aquisição dos mais tarde denominados HUAMBO, BAILUNDO, LUGELA, BUZI, SOFALA e SETE CIDADES, os quais se encontravam refugiados e internados em portos de Moçambique, Angola e Açores, com as respectivas tripulações retidas a bordo, tendo após a sua compra sido libertadas e entregues às autoridades Alemãs em troca de prisioneiros de guerra Aliados, através de Lisboa, se bem que a aquisição do SETE CIDADES difere bastante das outras aquisições, uma vez que a sua compra foi facilitada pelos Alemães para compensar o ataque e consequente perda do CORTE REAL. O vapor ALLER, quatro mastros, recebeu o nome de SOFALA, passando à época, a ser com os seus 161m/7.957tb a maior unidade da Marinha Mercante Nacional e ainda um dos cerca de noventa maiores navios de carga a nível mundial, acima dos 150m. No que respeita ao DORTMUND passou a ser o LUGELA e foi o primeiro navio de bandeira Portuguesa, cujas máquinas eram accionadas por turbinas a vapor; 26/08/1971 depois de ter estado fundeado no mar da Palha, estuário do Tejo, à espera de comprador, chegava a Bilbao para desmantelamento em sucata.
Fontes: Miramar Ship Index, Navios Mercantes Portugueses, Internet.
Rui Amaro

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TRANSBORDADOR FLUVIAL PORTUGUÊS “LAGOS”


O LAGOS na doca de marés do porto de Viana do Castelo em fase final de acabamentos

O LAGOS atracado à estação maritima de Sul Sueste, Lisboa, em 1972 

O LAGOS numa das suas travessias do estuário do Tejo do Barreiro para Lisboa em 2003 

O LAGOS numa das suas travessias do estuário do Tejo do Barreiro para Lisboa em finais de 2003

 O LAGOS atracado à estação maritima de Sul Sueste em 2001 

Transbordador Português LAGOS, imo 7017947/ L-3626-TL/ cff 50m, boca 09,5m, pontal 03,15m, calado 02,3m/ 701tb/ 2XMAN 635bhp/ 13nós/ 1.035 passageiros; 06/1970 entregue pelos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Viana do Castelo, à CP – Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, Lisboa, para a ligação entre as estações marítimo-ferroviárias do Sul e Sueste, Lisboa, e a do Barreiro, no transporte de passageiros; 1993 LAGOS, Soflusa; 10/05/1993 entrou em “laid up” juntamente com os seus gémeos, acostando todos eles ao cais da ex Siderurgia Nacional, no rio Coina; 2004 LILIANA CARNEIRO, Baptista José Carneiro (??), São Tomé e Príncipe, que o empregou nomeadamente na linha de passageiros São Tomé e Príncipe/Libreville, Gabão e eventualmente portos de nações vizinhas, e preservou as cores da Soflusa; 17/09/2010 assaltado ao largo da Nigéria por piratas Nigerianos; 2013 continuava no tráfego activo. Gémeos: ESTREMADURA, ALGARVE, ALENTEJO, MINHO e TRÁS-OS-MONTES.


Fonte: Miramar Ship Index; ENVC; Nuno Bartolomeu, de Almada.
Fotos de autor desconhecido, transmitidas amavelmente por Nuno Bartolomeu, de Almada.
Rui Amaro

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LEMBRANDO O NAUFRÁGIO DA EMBARCAÇÃO DE PESCA ARTESANAL “S. FRANCISCO” DE CASTELO DE NEIVA


__/__/197_, ontem de manhã, ao mar de Castelo de Neiva, a algumas centenas de metros da praia, voltou-se a embarcação da pesca artesanal S. FRANCISCO, de motor fora de borda, no qual estavam a fainar dois cunhados – Manuel Brito Coutinho Maltês, de 40 anos e António Pereira Magalhães, de 28 anos, ambos residentes no lugar de Sendim de Baixo, em Castelo de Neiva.
Os dois pescadores, lançados inopinadamente ao mar, viram-se envolvidos pelas suas artes de pesca e, entretanto, o mais novo, que sabia nadar menos, agarrou-se às pernas do familiar.
A luta pela sobrevivência foi titânica, mas o mais novo, a dada altura, desprendeu-se e desapareceu nas águas turbulentas, para não mais ser visto.
Entretanto, Manuel Brito teve a sorte de se agarrar a uma peça flutuante da embarcação e aguentou-se mais tempo, sendo recolhido por uma embarcação da praia contígua da Amorosa.
Transportado ao hospital de Viana do Castelo, ali esteve algumas horas, na sala de observações, após o que pode recolher a casa, ao princípio da tarde.
O camarada desaparecido, um Limiano, natural de Refoios do Lima, concelho de Ponte de Lima, e casado com Olívia de Brito Coutinho Maltês, deixa dois filhos, de 2 e 4 anos, e estava em vésperas de ser pai pela terceira vez.
Será de registar que este pescador estava a acabar de construir uma humilde moradia, para a qual vinha recebendo diversas ajudas do centro piscatório.
Resta acrescentar que o camarada desaparecido, era primo de Custódia Magalhães de Sousa Amaro, esposa do autor do texto, também ela uma Limiana, de Refoios do Lima, mas residente na Foz do Douro, cidade do Porto.
Fonte e imagem do Jornal de Noticias.
Rui Amaro

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

RECORDANDO O NAUFRÁGIO DA TRAINEIRA “BENITO” DA PRAÇA DE PENICHE


A malograda traineira BENITO (a de cor azulada) no porto pesqueiro de Peniche 


Acerca do naufrágio da malograda traineira BENITO, ocorrido a 29/09/1977, já ao final da noite, o Jornal “O Primeiro de Janeiro” relatava o seguinte:
Morreram ou desapareceram sete pescadores em consequência de um embate da traineira BENITO numas rochas próximo do Cabo Carvoeiro, nas redondezas de Peniche, quando regressava de mais uma maré, ao largo do Farilhão. O acidente ocorreu cerca das 23h15 de sexta-feira, dia 29, ao que se julga devido ao denso nevoeiro, junto ao Revelim dos Remédios. A traineira BENITO, da pesca da sardinha, pertence à praça de Peniche. A restante tripulação de onze homens foi salva.
A BENITO saíra de Peniche para mais uma maré, cerca das 19h00 de sexta-feira, tendo capturado tonelada e meia de carapau até cerca das 22h00. Por volta das 23h00 ao regressar a Peniche, o mestre da BENITO foi surpreendido por denso nevoeiro, e ainda para seu azar, as buzinas do farol do cabo Carvoeiro estavam avariadas, e perdeu o rumo. Pouco tempo depois, ocorria a tragédia, que enlutou a vila de Peniche.
Logo que foi dado o alarme foram iniciadas as buscas, tendo sido encontrados três corpos ao principio do dia e, um outro, ao meio da manhã de ontem.
Os pescadores cujos cadáveres já foram recolhidos são: Vicente Pedro Cativo, de 65 anos, viúvo, natural de Vila do Bispo; António Serpa, de 53 anos, casado, natural e residente em Peniche; Joaquim Martins Borrego, de 62 anos, natural de S. Clemente, Loulé; e António Madeira Baptista, de 54 anos, casado.
È a seguinte a identidade dos desaparecidos: Félix Encarnação Azevedo, de 64 anos, natural de Budens, Vila do Bispo; Américo José Pedro, de 56 anos, casado, de Peniche; e o jovem Laureano Henrique Serpa, de 18 anos, solteiro, que era filho de outro náufrago, António Serpa, residiam todos em Peniche.
Refira-se que o jovem Laureano Henrique Serpa tinha já alcançado a nado, os rochedos, quando novamente se lançou ao mar na vã tentativa de salvar o pai. Desapareceu, para não mais ser visto, no torvelinho das águas encrespadas.
O local em que se registou o naufrágio é de difícil acesso, pelo que os esforços dos homens empenhados na recuperação dos restantes três corpos têm sido bastante penosos. Todavia, as diligências para essa recuperação prosseguem, esperando-se que a maré-baixa que hoje ao princípio da manhã se verificará propicie melhores condições de êxito.
Os náufragos foram socorridos pelas traineiras BAIRRISTA, da mesma empresa da BENITO, CLARINHA e CIGANO DO MAR, que apressadamente foram em auxílio do pedido de socorro do mestre Ilídio Rosa, da traineira sinistrada.
A BENITO ficou completamente destruída em virtude do embate, sendo os prejuízos materiais da ordem dos três mil contos.
Um porta-voz do armador disse que apenas se salvaram as redes de apoio. Está praticamente posta de parte a hipótese de recuperação da embarcação.
A traineira tinha capacidade para cerca de 35 toneladas de peixe miúdo (sardinha, carapau, etc.) e uma tripulação de 28 homens, muito embora tenham embarcado na última maré apenas 18 pescadores.
Fonte: Jornal O Primeiro de Janeiro, do Porto; Foto Camara Municipal de Peniche (Facebook Peniche Ilustrado) com o devido pedido de continuação, que se agradece.  
Rui Amaro

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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

RECORDANDO O NAUFRÁGIO DA TRAINEIRA “PRAIA DA ATALAIA” À SAÍDA DA ENTÃO DIFICIL BARRA DE AVEIRO


 A PRAIA DA ATALAIA navegando na ria de Aveiro

26/11/1963 – O Jornal de Noticias descrevia assim a dantesca tragédia, segundo o seu correspondente em Aveiro.
È de 28 o número de mortos da tragédia ocorrida na barra de Aveiro no passado dia 24, um domingo.
Apenas uma pessoa pode contar como aconteceu, em todos os pormenores, o dramático naufrágio ocorrido ao fim da tarde de anteontem, à saída da barra do porto de Aveiro e já na margem exterior do molhe norte. Ninguém mais! – Incluindo o próprio e único sobrevivente da tragédia, que, por a ter vivido tão de perto e sob a ameaça da morte. Não poderia. Por motivos óbvios, presenciá-la!...
Com efeito, foi apenas o faroleiro então de serviço no farol da barra de Aveiro – e que por mero acaso acabara de subir ao alto da torre de 61 metros (a mais alta do País em instalações do género) – a única testemunha presencial do trágico naufrágio, em que terão perdido a vida. Em escassos segundos 28 homens, numero aliás sem confirmação oficial.
O Jornal de Noticias acorreu, pois, a ouvir esta testemunha – e o sr. Luis Peixoto da Silva Sameiro, 2º faroleiro, que há 45 anos nasceu ali mesmo, nas instalações residenciais do farol, onde hoje exerce a sua actividade profissional, como já a haviam exercido seu avô e seu pai!
O sr. Luis Peixoto da Silva Sameiro, acedendo sem rodeios, e antes com muita e cativante amabilidade ao nosso pedido, contou-nos como assistiu amargurado e impotente para valer aos seus semelhantes – a todos os pormenores da dramática ocorrência. E assim nos possibilitou, em exclusivo, um novo e emocionante “capítulo” da história da duríssima e traiçoeira vida dos nossos pescadores!
Um “capítulo” mais, que consternou o país inteiro e cobriu de luto a laboriosa classe piscatória nacional, e dezenas de famílias, de bem modestos recursos económicos (na sua maioria, pelo menos), que, de sopro, ficaram privadas dos seus chefes - mulheres sem maridos, filhos sem pais, irmãs sem irmãos – e que ontem igualmente fomos surpreender em certas das zonas habitacionais da cidade Aveirense, onde tradicionalmente residem os pescadores e a sua numerosa gente!
Aliás, acentuou-se também, a dor da tremenda catástrofe (a maior que se terá registado de há muitos anos naquela zona da nossa costa) caiu e sentiu-se profundamente em toda a cidade de Aveiro, que fomos encontrar como que espantada e incrédula, das proporções profundamente angustiosas de que o desastre se revestiu. E como, já a certa altura da manhã de ontem, começou a correr ali a notícia de que afinal o número de vítimas não era tão elevado, como em princípio fora anunciado, raiou ainda uma esperança nos corações dos mais optimistas. Mas, infelizmente, e não obstante ter havido, de facto, algum exagero, aliás natural, nesse primeiro número anunciado, e verdade é que o apurado agora, já sem erro superior à unidade, é ainda deveras alto para que deixe de dar á tragédia a lastimável classificação de catástrofe – e de carregar pesado luto à grande e heroica classe piscatória Portuguesa, em geral, e a Aveirense e Algarvia em particular, Algarvia sim, repetimos, pois entre ao que foram tragados pelo mar ou ficaram irremediavelmente enclausurados no bojo da traineira PRAIA DA ATLAIA, eram muitos (e até dos mais responsáveis pelo governo da frágil embarcação, como o mestre e o contramestre) os naturais de freguesias do extremo sul de Portugal, que também aí residiam com as suas famílias. Que em Aveiro, afinal, apenas tinham o seu bem duro e ingrato como traiçoeiro ganha-pão de cada dia!
Morreram precisamente, uns e outros, quando iam em busca ansiosa, e fremente de valentia, sem receio do mar tenebroso (antes certos de que o dominariam como noutras ocasiões, remotas e próximas); quando iam, dizíamos, ganhar esse pão honrado para um novo dia, que seria o seguinte ao daquele fim de tarde de anteontem – um domingo! Lá iam eles em busca do trabalho, de difícil trabalho de galgar as ondas do mar, e de recolher do seu seio o peixe que viria a proporcionar-lhes, a todos, os rendimentos económicos indispensáveis à sua sobrevivência e à dos seus.
Era um domingo. Mas os pescadores não têm domingos; ou raras vezes os gozam, ainda mesmo que só já ao fim da tarde, como na ocorrência em causa se verificou, venham a sair para o mar. E sempre, quaisquer que sejam as condições do estado de tempo e da ondulação, para correrem o risco da perda preciosa da vida. Que o mar, capricha, quando menos deixa prever, em causar, em causar vitimas entre os que não o temem, nem jamais o temeram – mesmo quando os exemplos como os de agora, não de moldes a amedrontar os espíritos mais afoitos e ricos de valentia!
Foi pois num domingo; anteontem, até ao fim da tarde, que a dramática e tenebrosa ocorrência começou a desenvolver-se, e os homens da tripulação da traineira PRAIA DA ATALAIA iniciaram a sua louca corrida para a morte, que já os enfeitiçava, e os aguardava (certa de ganhar tais “presas” de vidas preciosas) lá fora, mesmo à saída da barra, junto ao pontão do molhe norte do porto de Aveiro. E já portanto, quando os homens, cientes da sua ciência, estavam a poucas milhas do limite da perigosa sena da rebentação, e prestes s atingirem, consequentemente, a zona onde esperavam (como coisa certa) “cavar” o pão do seu sustento e dos seus!
A TRAINEIRA SINISTRADA SAIU DA “LOTA” CERCA DAS 16 HORAS E A CANINHO DA BARRA O MESTRE FOI ACONSELHADO (POR PALAVRAS E EXEMPLOS) A RENUNCIAR AO RUMO DO MAR…
O mestre da embarcação, da frágil e até então bem capaz e venturosa embarcação, marcara concentração dos tripulantes (motorista, ajudantes e camaradas) para as 14 horas, com a tolerância de uma hora para os retardatários. Estava ainda, a PRAIA DA ATALAIA ancorada na doca da lota do Peixe, como habitualmente.
Durante esse período de tempo, previsto para se completar a equipagem, foram ali aparecendo alguns, - mas poucos, pois só verdadeiramente nos cinco minutos finais desse período, veio a verificar-se uma chegada em massa de quase todos…
Feita a chamada, porém, verificava-se ainda a falta de alguns… Mas o caso não surpreendeu, nem o mestre nem os camaradas. A estes muito menos! É que - a avaliar pelo que foi dado a saber em certos meios piscatórios de Aveiro – desde há uns tempos para cá, que muitos destes não se sentiam tranquilos com as atitudes de comando do mestre, ora demasiadamente aventureiro, ora escandalosamente descuidado, ora inexplicavelmente conflituoso e servindo-lhe para tais manifestações o mais pequeno caso…Não se admiraram pois, repetimos, os presentes á chamada pela falta de nada menos de uns oito ou nove colegas de trabalho. E entre os quais, se achava até o próprio filho do contramestre! Se até esse faltara à chamada, porque não haviam de faltar os restantes?
Contados e recontados, pelo responsável da respectiva e obrigatória chamada do pessoal, eram29 (ou 28, número a confirmar pelas autoridades oficiais, talvez ainda hoje mesmo) os presentes. O que terá levado o mestre a comentar, com a rudeza (e também a pura franqueza) dos “valentes homens do mar”: Eu sozinho não tenho medo!...
Sorriam-se todos quantos o ouviram. Sorriso levemente esboçado, que gente daquele duro mister, não sente muita vontade de rir quando a hora da faina se aproxima. Todos os seus sentidos levam ao pensamento nos entes queridos que acabaram de deixar em suas casas, com um breve beijo ou um simples aceno de até breve…
Entretanto, concluíam-se os preparativos para a traineira deixar o ancoradouro. E cerca das 16 horas com efeito, já a PRAIA DA ATALAIA navegava, preguiçosamente, ou como quem procura poupar energias para a dura “batalha” que se lhe reservava, lá no alto-mar (e com que todos ao seus tripulantes já sonhavam, cheios de fé numa rica maré) – o objectivo final do rumo que lhe dava o “homem do leme”.
No seu posto, hirto como uma rocha, olhar atento à ria cujas águas, algo agitadas por forte vento de nordeste, e que a PRAIA DA ATALAIA continuava a cortar em marcha assaz moderada; no seu posto, dizíamos, de cachimbo a pender dos lábios grossos e gretados, o mestre Romeu de Brito Bernardino, rijo homem da costa Algarvia, terá sido surpreendido, a certa altura, numa demorada observação do céu, carregado de nuvens tremendamente negras que corriam ainda a altas velocidades, que lhes eram impostas por verdadeiro vendaval… Mas nem um músculo do seu rosto rugoso, se contraiu… Estava decidido – iria para o mar! Já a meio do caminho do ancoradouro donde partira e a barra que pretendia demandar, a PRAIA DA ATALAIA recebeu um aviso: o primeiro de outros mais que lhe seriam transmitidos sobre a conveniência de renunciar ao rumo que lhe era ordenado pelo mestre.

A JOSEFA VILARINHO demandando o porto de Leixões, a qual algum tempo mais tarde se afundou ao largo da costa, tendo toda a equipagem sido salva.

Vinha ele de bordo da traineira DIVOR, que tem por mestre outro bom marinheiro do Algarve – o mestre Artur, bem conhecido e admirado entre todos os pescadores com quem tem privado. Mas não teve qualquer efeito, tal propósito. Como também não teriam, exactamente, os que se lhe seguiram; da traineira VILA DE ILHAVO, que tem por mestre Baptista; da traineira RUI CARLOS, do mestre Viegas e ainda da traineira S. REMO, do mestre José Pata. Assinale-se, antes do mais, a curiosa circunstancia, de todos estes mestres serem igualmente Algarvios, e portanto conterrâneos do responsável pelo governo da PRAIA DA ATALAIA, o que porém, se mantinha na sua: - “Não são homens do mar, não são nada. Têm medo! Uma tempestadezinha de quase todos os dias. Quem não vence um temporal destes, seria melhor que ficasse em casa!”
Aconteceu, então, que também outra embarcação veio a seguir na esteira daquela – como se o seu mestre tivesse escutado as afirmações e comentários do vigoroso e teimoso homem do comando da PRAIA DA ATALAIA. Era a traineira JOSEFA VILARINHO – respondendo ao desafio…
Ambas apontadas à barra, temerosamente, sem que lhe provocasse complicações a agitação tremenda que se lhes patenteava o mar. À frente, a PRAIA DA ATALAIA; na sua esteira, a JOSEFA VILARINHO, numa renúncia previdente, ficaram como as demais que constituíam a frota pesqueira de cerco Aveirense, seguramente abrigadas na lota.
Tudo aconteceu num ápice! Precisamente à saída, sem que de princípio compreendessem o que se passava, os homens da JOSEFA VILARINHO viram a PRAIA DA ATALAIA ser erguida como se fosse leve pena arremessada à distância! Depois, tudo foi depressa também, Ouviram-se alguns gritos e viu-se a traineira, cair, mas tombada, de modo a que uma outra volta de mar, igual à que a fizera erguer-se, e envolvesse totalmente, levando-a para o fundo.
E nada pode fazer a JOSEFA VILARINHO. Aproximar-se da traineira naufragada era impossível e homens à tona de água não os havia em posição de serem socorridos. Assim, apenas lhe coube a triste missão de dar a notícia daquela desgraça através da fonia para o posto de rádio Aveiro-Pesca, ao mesmo tempo que o seu mestre mandava retroceder para abrigo seguro. Não era positivo vencer aquele mar.
UM ÚNICO SOBREVIVENTE ARREMESSADO PARA UM PENEDO
De toda a tripulação – que não se sabe ao certo se era constituída por 27 ou 28 homens – havia apenas um único sobrevivente. Quando o mar levantou pela segunda vez a traineira e a voltou, o camarada Pedro da Conceição Júnior, natural de Lagos, sentiu-se projectado e, providencialmente, foi cair sobre um penedo a que se agarrou firmemente – com mãos de afogado. Quando lhe puderam valer, era ele o único sobrevivente daquela tragédia. Todos os colegas tinham ido para o fundo. Muitos vira ele adebaterem-se sem lhes poder dar o mais ligeiro auxílio.
Como o Pedro da Conceição tinha alguns ferimentos, levaram-no para a Casa de Saúde de Vera Cruz.
Dois outros homens se salvaram mas esses porque chegaram tarde ao embarque ou simplesmente, decidiram não se meter naquela aventura. Com efeito, os pescadores Manuel Brás Belchior e Manuel de Matos, ambos de Olhão, devem a esse facto estarem hoje vivos. Juntamente porque alguns outros da tripulação efectiva da PRAIA DA ATALAIA não tenham também embarcado é que se mantém a dúvida sobre o número exacto das vítimas do naufrágio.
Até à noite. Não tinha aparecido um só corpo das vítimas. Avistou-se apenas a embarcação um pouco a norte do molhe Norte, estando já decidido fazer-se uma tentativa para a recuperar.
A COMPANHA DA PRAIA DA ATALAIA
Sujeita a confirmação, a lista dos que perderam a vida no naufrágio é a seguinte:
Mestre Romeu Brito Bernardino, de Albufeira; contramestre António Gonçalves Serrenho, de Portimão; motorista Florentino Ferreira Cardoso, da Gafanha da Nazaré; ajudantes de motorista Alberto Marques Cordeiro, da Gafanha da Nazaré, e Augusto Santos Neto, da Figueira da Foz; pescadores: Domingos da Rosa Alambre e Emídio da Silva Gravato, ambos de Aveiro; Carlos Alberto Ribeiro Alcaide, Herminio da Silva Caçoilo, Francisco Graça Basílio e Fernando dos Santos, todos de Olhão; Carlos Teixeira Mariano, de Lisboa; Celestino Francisco Patarra, José Salvador da Costa, Manuel Oliveira Pinto, Manuel Salvador, Manuel Domingos Magano, António Gabriel Miranda Oliveira, Manuel Francisco Calisto, Armindo dos Santos, António Faustino Pereira Rocha, Manuel Maria da Silva, de Aveiro; Plares da Encarnação Serrenho, de Portimão; José Vicente Matoso, de Lagos; José Domingos Lima Ramos, da Fuzeta; João Simões Basílio, de Aveiro; António Gonçalves Serrenho e Joaquim dos Santos Soares, de Portimão.

O que restava da PRAIA DA ATALAIA era apenas o que a imagem mostra

FOI UM ESPECTÁCULO TREMENDO, MEDONHO!
FOI A MAIOR TRAGÉDIA DO MAR A QUE ATÉ HOJE ASSISTI!
CHOREI DE RAIVA POR NÃO LHES PODER VALER!
PALAVRAS DO FAROLEIRO QUE TUDO PRESENCIOU DO CIMO DO FAROL DE AVEIRO
Da reconstituição deste emocionante “capítulo” da história da vida e da morte dos pescadores Portugueses na sua heroica e dura luta com o mar, que vai seguir-se, será desde agora o nosso precioso “guia” (como já havíamos revelado) a única testemunha presencial de toda a tragédia gerada, aliás, em escassos minutos, e consumada ainda em simples e muito mais escassos segundos. Num sopro! Num sopro, como que apaga a simples chamazinha de uma vela!
O sr. Luis Peixoto da Silva Sameiro, 2º faroleiro do farol costa de Aveiro, vai ter pois a palavra, na quase totalidade deste capítulo final…
Trata-se, aliás, - será conveniente dizê-lo, até pelo ensejo que se nos oferece de referir um aspecto deveras invulgar e curioso na vida deste dedicado “homem do mar” – de um condigno descendente da gloriosa e honrosa “família de faroleiros”, com inestimáveis provas dadas de competência e de inexcedível dedicação ao serviço que sempre prestaram e professaram, como ele agora, de alma e coração, mais ainda do que proventos (bem parcos claro) de que precisam para fazer as necessidades da vida económica do dia-a-dia.
Mas era tempo de ouvirmos a descrição da tragedia. A que só ele assistira, da qual só ele poderia relatar, em todos os pormenores, como ninguém.
“Foi um espectáculo medonho. Tremendo! Foi a maior tragédia no mar a que até hoje assisti! E para mais sem lhes poder valer, não pode fazer outra coisa além de dar o alarme, e de gritar aos infelizes náufragos, que tivessem fé! Eles nem me ouviram; não me podiam ouvir, nem tempo tiveram para isso…Angustiado chorei de raiva! Tudo se passou em segundos e de tal forma espantosa, que hoje, já tenho perguntado a mim mesmo se não terei sonhado. Se não se terá passado assim, tal como vi lá do alto, desta torre de farol de 61 metros!
ÁS 16 HORAS E 50 MINUTOS – RUMO DA MORTE TRAIÇOEIRA…
Visivelmente emocionado, ainda, pois, o sr. Luis Peixoto da Silva Sameiro, começou a sua revelação em primeira mão!
Faltariam uns 15 minutos para as 17 horas, quando na minha habitual ronda de inspecção cheguei ao último pavimento do farol. A noite estava prestes a cair, envolvendo terra e mar de negrume. E às 17 horas e 20 minutos teria de acender o farol, de harmonia com o horário que me é imposto no exercício das minhas funções, por quem de direito,
Pela vigia, os meus primeiros olhares foram para o mar… Nessa altura, como sempre… É natural, acontece-me sempre assim – e julgo mesmo que não poderia ser de oura maneira, ainda que me empenhasse em contrariar o hábito…
Primeiro fitei-me na linha do horizonte; depois, sim observando o mar, de vagas de espantosas ameaças, até à costa e aos molhes que formam o enfiamento da entrada da barra…E fiquei profundamente alarmado e sobressaltado, com o espectáculo que junto ao molhe Norte, ainda na parte interior mas já a dois passos do respectivo pontão extremo, então se me ofereceu, e me fez tremer de receio pela vida de tantos homens.
A vaga era medonha, a rebentação parecia que ia levar as rochas de vencida… Dois pontos, balançavam como cascas de nós, ali, naquele sector do molhe Norte. À frente a traineira PRAIA DA ATALAIA, já mesmo na altura de ser conduzida para sair a barra, porque o momento favorável se oferecia-lhe a tal manobra, aliás arriscadíssima. Mais atrás e mais abrigada do mar e do vento a traineira JOSEFA VILARINHO.
Dez minutos se passaram; dez minutos que se pareceram séculos…Os meus olhos eram pequenos para não perder o mais pequeno movimento da frágil embarcação… E entretanto, muitas vezes me interroguei, sobre a temeridade de uma tentativa daquele género. Cheguei mesmo a duvidar, de que o experimentado mestre insistisse na verdadeira aventura cheia de riscos!
EM CINCO MINUTOS SE GEROU A TRAGÉDIA!
EM ESCASSOS SEGUNDOS SE CONSUMOU, SEM DAR TEMPO A UM AI!...    
Em breve me apercebi de que, afinal o mestre da PRAIA DA ATALAIA teimava na sua ousadia de desafiar as procelas; e só aguardava que “houvesse aliso” para navegar barra fora, contornando a ponta do molhe, na manobra tradicional, mas que sempre se faz sem quaisquer perigos com o mar habitual. Mas naquele mar!... Foram cinco minutos de arrasante expectativa – até que (demorara, mas ali estava o momento aguardado) no mar da traineira se deu o aliso, que o mestre, numa hábil manobra de quem sabe o que faz e o que quer, aproveitou, medindo a saída, e executando-a de maneira a contornar o pontão do molhe, tal como já havia dito.
E é que o contornou, realmente. Mas logo se veio a declarar, sem dar tempo, a um suspiro de reflexão, uma vaga enorme, como poucas eu terei visto em toda a minha vida de homen do mar. E o barco (num espectáculo também raro para mim) ficou de repente todo coberto de água, assim desaparecendo por instantes da minha visão...

Parte dos destroços da PRAIA DA ATALAIA varados na praia

O MESTRE RECONHECEU O ERRO, QUIS REGRESSAR À BARRA, MAS A MANOBRA DE INVERSÃO NÃO RESULTOU; E FOI O FIM!...
Só nessa altura – estou certo disso, a avaliar pelo que observei – o mestre da traineira se terá capacitado da temeridade insólita de que se revestia o seu propósito. Mas já seria tarde, ou ter-se-ão verificado anomalias de que não cheguei nem poderia aperceber-me do meu posto.
Talvez já ferido – em consequência da primeira vaga, que cobrira o barco – o mestre Romeu de Brito Bernardino terá ordenado a manobra de inversão. Mas, como disse, por estar ferido, não ter sido presto na ordem. Ou - quem sabe? – Por que também o motorista tivesse ficado impossibilitado de actuar na plenitude das suas faculdades, quando da primeira vaga. Isto é; por qualquer anormalidade, a verdade (e isto verifiquei eu, muito bem) é que uma requerida manobra de inversão foi executada muito lentamente. E a consequência imediata, foi que o barco logo fustigado por nova tremenda volta de mar, veio a ganhar uma inclinação de 45 graus – que era bem o principio do fim… E o princípio aconteceu com a traineira em posição paralela á terra (e já mais distante do pontão do molhe a que o mestre pretendera já regressar) sofreu o impacto da vaga fatal.
O que então se passou, não posso contar-lhe exactamente, meu amigo, pois não encontro palavras para tanto! Foi tremendo, espantosamente tremendo o que vi – e nunca julguei que fosse possível acontecer. Um brinquedo, a traineira carregada de preciosas vidas humanas, transformada num verdadeiro brinquedo nas mãos poderosas do mar – voltara-se em dois segundos sem deixar tempo para soltar um ai… e ficar de quilha para o ar, ao sabor das vagas, como animal profundamente ferido de morte… Gritei, dei o alarme para o salva-vidas tão depressa quanto me foi possível. Como corri!...
Quando regressei à vigia do farol, lá no alto, as vagas continuavam a brincar, insaciáveis com a embarcação de quilha para o ar… E iam arrastando-a a pouco e pouco, mais para norte da praia e cada vez mais para junto da praia… Lá por baixo, eu pressentia os últimos estretores da embarcação perdendo a chaminé, desfazendo-se aos poucos pelos embates que incessantemente sofria no leito rochoso do mar… Chorei de raiva! Chorei de angústia! Os homens do mar, não deviam morrer assim! Não, jamais esquecerei esses últimos e trágicos minutos da vida de tantos pescadores, amortalhados no seu barco em que trabalhavam por bem merecer o pão de cada dia.
Assim terminou o sr. Luis Peixoto da Silva Sameiro, o primeiro relato concreto, objectivo e válido por resultar da observação directa e integral  da tragédia, que se publica na imprensa sobre o dramático naufrágio da traineira PRAIA DA ATALAIA, à saída do molhe norte da barra de Aveiro, num domingo, dia 24 último, ao fim da tarde – sob grande temporal!
NOVE TRIPULANTES SALVARAM-SE POR NÃO TEREM EMBARCADO    
A tripulação efectiva da traineira PRAIA DA ATALAIA era de 28 homens – segundo a mais recente documentação da respectiva matrícula nos Serviços da Capitania do Porto de Aveiro. Nove deles porém não responderam à chamada até ao momento da largada da PRAIA DA ATALAIA, que assim veio a deixar o seu ancoradouro, para o trágico fim que já a espreitava somente com 29 tripulantes a bordo e dos quais - como já foi noticiado – apenas consegui-o salvar-se (em circunstancias consideradas como fruto de verdadeiro milagre) o pescador Pedro da Conceição Guerreiro, de 24 anos, solteiro, de Lagos, residente em Silves, onde também vivem seus pais.
PROVIDENCIAS PARA REMEDIAR A SITUAÇÃO EM QUE FICAM AS FAMILIAS DA VITIMAS
No foguete da tarde, vindo de Lisboa, chegou a Aveiro, o sr. Guilherme de Sousa Salgado, presidente do Grémio e da Mutua dos Armadores da Pesca da Sardinha, que veio inteirar-se do naufrágio da PRAIA DA ATALAIA e inquirir da situação das famílias dos pescadores para providencias a tomar quanto ao auxílio a prestar-lhes.
O sr. Almirante Henrique Tenreiro, incumbiu-se de lhe comunicar detalhadamente as conclusões a que chegar para, por sua vez, tomar quanto ao auxílio a prestar-lhes.
Entre outros benefícios, cada agregado familiar deve receber um subsídio de 5 mil escudos, além do valor individual. Por outro lado, a Mutua adiantará as importâncias das pensões a que têm direito as viúvas ou outros parentes dos falecidos.
A tragédia que enlutou a classe piscatória de Portugal, sobretudo a região de Aveiro, a qual se vestiu de luto, com bandeiras nacionais e de muitas colectividades a meia haste.
Fonte e imagens do Jornal de Noticias, do Porto.
Rui Amaro

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grande



sábado, 21 de dezembro de 2013

LEMBRANDO O NAUFRÁGIO DA TRAINEIRA “GRAÇA DE DEUS” À SAIDA DA BARRA DE AVEIRO

 A desditosa traineira GRAÇA DE DEUS

 A traineira GRAÇA DE DEUS numa das suas marés no canal Central da ria de Aveiro

 O malogrado mestre António Paulo a bordo da sua traineira

Despojos da traineira GRAÇA DE DEUS arrojados à costa

13/11/1955 – Morreram afogados dezasseis tripulantes da traineira GRAÇA DE DEUS, da praça de Peniche, que naufragou á saída da barra de Aveiro, onde fora vender o peixe pescado durante a noite anterior.
Grande tragédia voltou a cobrir de dor e de luto alguns centros piscatórios do país que acabam de perder dezasseis dos seus humildes filhos, que confiadamente, tinham partido, na terça-feira da semana finda, de Peniche, para a pesca, a bordo da traineira GRAÇA DE DEUS. De novo os gritos lancinantes de desespero e de sofrimento das famílias e amigos dos desditosos náufragos ecoaram nesses centros mal se soube do trágico naufrágio.
Mal as famílias dos náufragos de Peniche, não ouvindo, nos seus aparelhos de rádio, as notícias que a embarcação costumava transmitir, todas as manhãs, às 7 horas, tiveram o pressentimento, de que alguma desgraça ocorrera, dirigiram-se com os corações dilacerados para a praia e à Casa dos Pescadores, na esperança de verem desfeitas as suas angústias.
Infelizmente, os pedidos de socorro lançados pela traineira BEIRA NOVA e captados nos aparelhos de rádio de alguns dos familiares dos tripulantes da GRAÇA DE DEUS confirmavam o drama que, às 7,45 horas, acabava de se registar, no paredão da Meia-Laranja, no extremo da barra de Aveiro, porto que a GRAÇA DE DEUS demandara, anteontem, a fim de reparar as redes e vender os quarenta cabazes de peixe que tinham sido pescados. A tragédia, contudo só algumas horas mais tarde era conhecida com toda a sua pungente realidade.
De Aveiro, e pela radiotelefonia, era comunicada, oficialmente, ao capitão do porto de Peniche, o dramático naufrágio e, embora sob reservas, todos os tripulantes da embarcação eram dados como desaparecidos. Ignorava-se ao certo, o número de mortos, pois ainda se desconhecia que tinham ficado em Peniche, por motivo de doença, os tripulantes José Cativo, de 47 anos, casado, de Vila do Bispo; e José Luis Pereira, o “Gaivino”, de 26 anos, casado, daquela vila, que assim salvaram a vida. Contudo, a notícia da tragédia ia alastrando a todos os centros piscatórios do país, causando a maior emoção, pelo elevado número de vítimas que nela perderam a vida. Mas onde ele se sentiu, com todo o peso da sua dor e luta, foi em Peniche, praça da traineira naufragada e onde residiam o mestre, o contramestre, o motorista e três dos seus tripulantes. Dos restantes náufragos, dois eram de Setúbal, três da Quarteira, dois de Vila do Bispo, e os três restantes, de Lisboa, Lagos, Buarcos e Figueira da Foz.
APESAR DE IÇADO O SINAL DE MAU TEMPO. NA TORRE FO FORTE DE AVEIRO, ALGUNS MESTRES TEIMARAM EM SAOR DO PORTO, E FOI ESSA TEIMOSIA A CAUSA DA TRAGÉDIA
Como dissemos a GRAÇA DE DEUS, que pertencia à Sociedade de Pesca Graça de Deus, com sede em Peniche, e que tinha como mestre António Paulo Júnior, o “Sardinha Aringa”, que também era sócio daquela empresa, demandara a barra de Aveiro, anteontem e fundeara no canal Central, a fim de vender o peixe que pescara, como era costume.
Com aquela embarcação, fundearam também, no ancoradouro, das Pirâmides, a BEIRA NOVA, VENTUROSA, DUAS FILHAS e a ESTRELA DO MAR, todas da Praça de Peniche, e a ERRA, de Matosinhos.
Vendido o peixe. Os mestres das traineiras prepararam as embarcações para, na madrugada seguinte, se fazerem ao mar. Alguns marítimos mais velhos, aconselharam-nos a aguardar por melhor tempo, pois o mar estava muito agitado devido à violenta nortada, e, na Torre do Forte, conservava-se içado e iluminado, durante toda a noite, o sinal de mau tempo.
Mas ao dealbar, os preparativos de partida entraram em grande azáfama e, cerca das 6 horas, o mestre da traineira ERRA largava do ancoradouro da Pirâmides para a saída da barra, embora o mar se mantivesse bastante agitado. Os mestres das outras traineiras, imprevidentemente, seguiram-lhe o exemplo e a BEIRA NOVA e a GRAÇA DE DEUS foram no seu encalce, a pouca distancia umas das outras. A ERRA já na linha do “cabeço” dos molhes, manobrou com grande risco, mas conseguiu, felizmente, romper as vagas alterosas e pôr-se ao largo.
Mas já a BEIRA NOVA não foi capaz de vencer a força da rebentação e desistiu de prosseguir viagem, regressando no momento em que a GRAÇA DE DEUS tentava galgar um dos vagalhões, que vinha desfazer-se na proa da traineira.
Foi, então, que uma volta de mar mais violenta a sacudiu e uma vaga lhe inundou a ré.
O mestre da traineira, segundo declarações do faroleiro Joaquim Augusto Rosa que assistiu, do farol da barra de Aveiro, a todo o drama, e o mestre da traineira BEIRA NOVA, Joaquim Mamede Cardoso, devia ter obrigado, nesse momento, os tripulantes a descerem aos seus beliches e a fecharem os escantilhões, para evitar que as vagas, que varriam o convés, os encharcasse, ficando ele com o contramestre João de Jesus e mais dois moços de convés.
Entretanto, novo vagalhão galgou a traineira que, já meio submersa, se voltou, afundando-se em poucos minutos, com toda a sua companha.
A BEIRA NOVA lançou então um SOS aflitivo para as embarcações que estavam mais próximas, pedido de socorro que algumas famílias dos tripulantes que costumavam, em Peniche, ouvir as comunicações lançadas pontualmente, todas as manhãs, de bordo da GRAÇA DE DEUS, captaram nos seus aparelhos de fonia e que lhes deu a triste noticia do trágico acontecimento, como já dissemos.
Impossível se tornava prestar socorros aos náufragos.
A GRAÇA DE DEUS afundara-se e as traineiras VENTUROSA, DUAS FILHAS, e ESTRELA DO MAR que, juntamente, com a BEIRA NOVA tinham desistido de se fazer ao mar regressaram aos ancoradouros, nada puderam fazer.
AVIÕES DA BASE DE SÃO JACINTO SOBREVOARAM O LOCAL DA TRAGÉDIA, NA VÂ ESPERANÇA DE ENCONTRAR NAUFRAGOS
Muitas traineiras que navegavam próximo da costa de Aveiro, algumas das quais da praça de Matosinhos, acorreram aos pedidos de socorro, mas também nada puderam fazer.
A GRAÇA DE DEUS de quilha para o ar, servia de túmulo a todos os seus valorosos tripulantes.
Rapidamente o drama marítimo era conhecido em Aveiro e centenas de pessoas se deslocaram para o local da tragédia que, então, começou a ser sobrevoado por alguns aviões da base de São jacinto.
Durante largo tempo esses aparelhos pesquisaram o oceano, numa larga área, lançando no ponto onde se registara o naufrágio, algumas boias e barcos de borracha na esperança que se houvesse sobreviventes estes poderiam servir-se daqueles meios para salvarem as suas vidas,
Mas tudo foi inútil. Apesar das pesquisas, nem um náufrago foi visto, e, só algumas horas depois, é que começaram a ser dados à costa, nas praias de Mira e da Costa Nova, alguns destroços da traineira e apetrechos de pesca.
A comoção das centenas de pessoas que assistiram a estes esforços para localizar os náufragos foi enorme e alastrou-se a toda cidade de Aveiro.
A Impressão geral, dolorosa e pungente, foi a de que, dos dezasseis tripulantes, treze tinham morrido asfixiados nos beliches, sem terem tempo de abrir as escotilhas.
O mestre e o contramestre e um dos moços não puderam utilizar-se dos cintos de salvação, ficando debaixo da traineira, quando esta se voltou.
CENAS LANCINANTES SE REGISTARAM, EM AVEIRO, ENTRE AS FAMILIAS DAS VITIMAS QUE ALI FORAM TRANSPORTADAS EM AUTOMÓVEIS, DE PENICHE
A tragédia que enlutou a classe piscatória de todo o País, foi profundamente sentida em Aveiro e todos os barcos fundeados naquele porto colocaram a bandeira nacional a meia haste, em sinal de luto, e os organismos oficiais de pesca enviaram, de Lisboa, como seu representante, àquela cidade, o Sr. António Cruz, a fim de este funcionário tomar as necessárias providencias para que às famílias dos náufragos seja prestada a indispensável assistência moral e material.
Entretanto, as autoridades marítimas de Peniche tomaram, também a iniciativa de transportar algumas das famílias das desditosas vítimas à Gafanha da Nazaré, onde se registaram cenas lancinantes, ao confirmar-se que nem um dos tripulantes da GRAÇA DE DEUS se salvara, cortando assim toda a esperança que os corações daquelas famílias ainda albergavam.
A LISTA DA VITIMAS
Como o registo da capitania de Aveiro dava como sendo de vinte e cinco o número de tripulantes da GRAÇA DE DEUS, estabeleceu-se nas primeiras horas, uma certa confusão quanto ao número exacto de náufragos.
António Paulo Júnior, de 51 anos, mestre; João de Jesus, de 25 anos, contramestre; Belarmino Matos Figueiredo, de 24 anos, motorista; e os pescadores Jacinto dos Santos Nunes, de 39 anos, António Encarnação Mamede, de 19 anos, e João Matoso Xavier, todos residentes em Peniche; e Paulo da Graça Quitério e Gelásio Dias, ambos de Setúbal; Manuel Guerreiro Nunes, Francisco Renda Correia e João dos Ramos Deus, todos da Quarteira; José Simão Sintra e António Fernandes, ambos de Vila do Bispo; António Maria Pata, de Buarcos; José António Santos, de Lisboa; e João da Luz Lopes, de Lagos.
À hora do jornal entrar na máquina, ainda não tinha dado à costa o corpo de nenhum dos desventurados náufragos.
As autoridades Aveirenses compareceram no local da tragédia e os organismos de pesca daquela cidade também puseram a bandeira a meia haste, em sinal de pesar.
Resta acrescentar que a traineira GRAÇA DE DEUS foi construida em 1947 por António Gomes Martins, no seu estaleiro de Vila do Conde, e tinha de comprimento ff cerca 15m.
O corpo do seu desditoso mestre, sr. António Paulo, o Sardinha Arinca, deu à costa de Buarcos, no dia seguinte ao naufrágio.  
Fonte e imagens: Jornal O Comércio do Porto.
Rui Amaro  
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sábado, 14 de dezembro de 2013

NAVIO-MOTOR FRANCÊS “FORIA”



Visto no porto de Leixões em manobras de acostagem em 24/06/1950 conduzidas pelo piloto José Fernandes Amaro Júnior, pai do autor, e assistido pelo rebocador MONTE GRANDE./(c) Foto Mar, Leixões/:

FORIA - n/m de carrreira Francês, imo 5001592 / 129,5 m/ 5.142tb/ 15nós; 20/11/1949 entregue por Forges et Chantiers de la Mediterranée, La Seyne, à Cie de Navegation Cyprien Fabre (Fabre Line), Marselha; 1954 CYPRIA, Skibs A/S Hassel (Rederiet Odfjell), Bergen; 1955 BOW HILL, Skibs A/S Hassel (Rederiet Odfjell); 1957 ACAPULCO, Cia. Naviera Overseas Transportation SA, Panamá; 1962 ACAPULCO, Cia. Naviera Overseas Transportation SA, Monróvia; 1966 ACAPULCO, Pacificmar SA, Monróvia; 14/04/1972 chegou a Savona para desmantelamento. Navio gémeo VOLTA.
Rui Amaro

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

REBOCADOR “SERRA DE SINTRA” DA AGPL

O rebocador SERRA DE SINTRA na docA da Rocha, vendo-se a draga SANTOS e a proa do n(m bacalhoeiro VIRIATO, 1960 / imagem de autor desconhecido, transmitida amavelmente por Nuno Bartolomeu, Almada /.


SERRA DE SINTRA, rebocador portuário, imo______/ 22,56m/ boca 6,10m/ pontal 2,54m/ 107,67tb/ 11tl/ 1 hélice de 3 pás/ 1xdiesel 2T 6 cilindros Atlas Imperial tipo 6BM/ 400bhp/ 9,13 nós/ tracção 6tons; 09/1942 lançado á água pelo estaleiro Reliable Welding Works, Olympia, WA, USA; 12/1942 entregue ao US Army (Exército dos EUA) para fazer face ao esforço de guerra; 1943 HAGEN, armador não encontrado; 1949 SERRA DE SINTRA, AGPL – Administração Geral do Porto de Lisboa, Lisboa, que o empregou no serviço portuário na assistência aos navios; 1978 SERRA DA LAPA, JAPA – Junta Autónoma do Porto de Aveiro, Aveiro; 12/03/1983 entrou em face de arrematação - encontrava-se submerso pelas águas de ria de Aveiro; 1987 abatido ao efectivo; Subsequente história não encontrada.
Fonte: Warmytuggs; Nuno Bartolomeu, Almada.
Rui Amaro

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sábado, 7 de dezembro de 2013

SAUDAÇÕES FESTIVAS

(GREETINGS OF THE SEASON)

2013 / 2014

Paquete Português VERA CRUZ / postal oficial editado pela CCN – autor Gordon Ellis /.

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO

AUGURI DI BUON NATALE E FELICE ANNO NUOVO

MERRY CHRISTMAS AND HAPPY NEW YEAR

FELICES PASCUAS Y PROSPERO ANO NUEVO

JOYEUX NOEL ET MEILLEURS VOEUX DE NOUVEL ANNÉE

EIN PROHES WEINACHTSFEST UND EIN GUTS NEUES JAHR


RUI AMARO – PORTO – PORTUGAL