segunda-feira, 22 de agosto de 2011

REBOCADOR MISTÉRIO NO PORTO DE LISBOA




Será que alguém poderá dar um nome ao rebocador que se mostra a bombordo do rebocador FALCÃO PRIMEIRO numa doca do porto de Lisboa, e que se confunde bastante com o tipo Inglês TID, construídos durante a 2ª Guerra Mundial, dos quais chegamos a possuir o SHELL DEZANOVE ?
A foto, que julgo ser da década de 40 do século XX e da qual desconheço a origem, foi-me passada amavelmente por Nuno Bartolomeu a quem fico muito grato.
Obrigado
Rui Amaro

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ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on this Blog, which will be very much appreciated.

RECORDANDO O ENCALHE DO NAVIO-MOTOR "ILHA DE PORTO SANTO" NA RIA DE AVEIRO


O ILHA DE PORTO SANTO, nesta foto como FUNCHALENSE (2), atracado no porto e Lisboa em finais da década 50 / foto obtida por F. Cabral, do Porto /.

A 09/08/1970, durante a manhã, forte nevoeiro pairou sobre a zona da Ria de Aveiro, nomeadamente em toda a área portuária.
Por tal motivo, causou alguns transtornos à navegação, particularmente ao navio-motor Português ILHA DE PORTO SANTO, ex FUNCHALENSE (2), de 58,99m/ 657tb/ 11 nós/ 3,40m de água, da Empresa de Navegação Madeirense, Funchal, e  sob fretamento  "Long Time Charter" à Empresa Insulana de Navegação, Lisboa, carregado de bananas, proveniente do Funchal, que encalhou no canal da Ria, defronte de São Jacinto, quando rumava à Gafanha.
O acidente verificou-se cerca da 09h30, providenciando-se logo pela sua imediata reflutuação. Porém, e porque as marés eram mortas, a operação foi infrutífera.
Dado que aquela unidade fruteira não corria perigo, pois o seu fundo estava assente num banco de areia, os pilotos da barra interromperam as operações de resgate para o dia seguinte, esperando assim, por maré mais propícia, a fim de proceder a novas tentativas de desencalhe, que efectivamente correram com o sucesso desejado, seguindo aquele navio para acostagem ao cais comercial.
O ILHA DE PORTO SANTO, que fazia carreira regular para o porto de Aveiro, vinha consignado à Agencia de Navegação Ancora, de Aveiro, e trazia mais de 300 toneladas de cachos de bananas, destinadas a armazenistas da região norte do país.
Fonte: Imprensa diária, Lloyd's Register of Shipping.
Rui Amaro

domingo, 21 de agosto de 2011

O "FUNCHALENSE" (2) FOI O PRIMEIRO NAVIO FRUTEIRO CONSTRUIDO PELA CONCEITUADA INDÚSTRIA NAVAL PORTUGUESA

 O FUNCHALENSE atracado no porto de Lisboa, no dia da sua entrega ao armador / Imprensa Diária /.

Navio-motor Português FUNCHALENSE (2), 58,99m/ 657tb/ calado 3,40m/ 11nós/ 12 tripulantes/ 9 passageiros; 22/04/1953 entregue em Lisboa pelos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, SARL., Viana do Castelo, à Empresa de Navegação Madeirense, Lda., Funchal; 1974
A 04/04/1953 foi posto a flutuar o navio-motor FUNCHALENSE (2), acabado de construir nos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, de Viana do Castelo, para a Empresa de Navegação Madeirense, Lda., do Funchal, sob projecto do engenheiro construtor naval Fernando Campos de Araújo.
A frota mercante nacional passava a dispor, com o novo FUNCHALENSE, de três navios fruteiros, pois já possuía o GORGULHO e o MADALENA, da Empresa Insulana de Navegação, mas construídos no Reino Unido, contudo o FUNCHALENSE teve a particularidade de ter sido o primeiro construído em Portugal. A importância daquelas unidades na valorização das Ilhas Adjacentes era evidente.
Aquele novo navio fruteiro, que se destinava ao transporte de bananas entre o Funchal e Lisboa, era uma das unidades mercantes que faziam parte do célebre Despacho nº 100 elaborado pelo Ministro da Marinha, possuía dois porões com capacidade de 857m3 de carga geral, incluindo 40m3 de carga frigorifica, devidamente acondicionadas e um motor de 780 cavalos de força. O FUNCHALENSE largara a 17/04 do porto de Viana do Castelo para o de Lisboa, onde chegara no dia seguinte, e foi entregue oficialmente ao armador Madeirense a 22/04, tendo sido visitado pelo Ministro da Marinha, Almirante Américo Tomaz, antes de partir a 01/05 para a sua primeira viagem ao arquipélago da Madeira e ainda realizar provas técnicas de velocidade ao largo de Sesimbra, levando 517,2 toneladas de carga e 2 passageiros.


 O FUNCHALENSE preparando-se para atracar no porto de Leixões, década de 60 / Foto Rui Amaro /.

Aquela nova unidade mercante foi substituir o SÃO SILVESTRE ex FUNCHALENSE (1), que lhe dera o nome, e passou a alternar as viagens com o MADEIRENSE (1) até ser substituído pelo novo MADEIRENSE (2); 10/07/1966 o FUNCHALENSE (2) alterou a sua denominação para ILHA DE PORTO SANTO para dar o nome à nova unidade encomendada aos Estaleiros Navais de São Jacinto, Aveiro; 13/09/1968 foi imobilizado na doca de Santo Amaro, Lisboa; 02/1969 foi reactivado e fretado pela Empresa Insulana de Navegação para colmatar a falta do navio TERCEIRENSE, que se perdera por afundamento junto da Ilha Graciosa, passando então a operar na linha Lisboa/Setúbal/Funchal/Aveiro; 04/02/1974 por fusão das companhias Insulana e Colonial, o fretamento do ILHA DE PORTO SANTO foi transferido para a CTM – Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos Sarl,  Lisboa, continuando a navegar entre o Continente e as Ilhas; 29/11/1974 ILHA DE PORTO SANTO, CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos Sarl, dLisboa, mantendo o nome e o registo; 16/04/1975 ILHA DE PORTO SANTO, CTM – Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos EP, Lisboa, devido à nacionalização da empresa.
10/04/1976 registo alterado do Funchal para Lisboa, entretanto esteve utilizado no serviço inter-ilhas Açorianas; 13/01/1981 imobilizou em Lisboa; 06/1982 entregue aos sucateiros Baptista & Irmãos, Lda, para desmantelamento no cais Novo de Alhos Vedros, Moita do Ribatejo 21/01/1983 registo cancelado por ter sido demolido.
Fontes: Dicionário de Navios Portugueses - Luis Miguel Correia; Imprensa Diária; Lloyd's Register of Shipping. 
Rui Amaro

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