domingo, 21 de agosto de 2011

O "FUNCHALENSE" (2) FOI O PRIMEIRO NAVIO FRUTEIRO CONSTRUIDO PELA CONCEITUADA INDÚSTRIA NAVAL PORTUGUESA

 O FUNCHALENSE atracado no porto de Lisboa, no dia da sua entrega ao armador / Imprensa Diária /.

Navio-motor Português FUNCHALENSE (2), 58,99m/ 657tb/ calado 3,40m/ 11nós/ 12 tripulantes/ 9 passageiros; 22/04/1953 entregue em Lisboa pelos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, SARL., Viana do Castelo, à Empresa de Navegação Madeirense, Lda., Funchal; 1974
A 04/04/1953 foi posto a flutuar o navio-motor FUNCHALENSE (2), acabado de construir nos ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, de Viana do Castelo, para a Empresa de Navegação Madeirense, Lda., do Funchal, sob projecto do engenheiro construtor naval Fernando Campos de Araújo.
A frota mercante nacional passava a dispor, com o novo FUNCHALENSE, de três navios fruteiros, pois já possuía o GORGULHO e o MADALENA, da Empresa Insulana de Navegação, mas construídos no Reino Unido, contudo o FUNCHALENSE teve a particularidade de ter sido o primeiro construído em Portugal. A importância daquelas unidades na valorização das Ilhas Adjacentes era evidente.
Aquele novo navio fruteiro, que se destinava ao transporte de bananas entre o Funchal e Lisboa, era uma das unidades mercantes que faziam parte do célebre Despacho nº 100 elaborado pelo Ministro da Marinha, possuía dois porões com capacidade de 857m3 de carga geral, incluindo 40m3 de carga frigorifica, devidamente acondicionadas e um motor de 780 cavalos de força. O FUNCHALENSE largara a 17/04 do porto de Viana do Castelo para o de Lisboa, onde chegara no dia seguinte, e foi entregue oficialmente ao armador Madeirense a 22/04, tendo sido visitado pelo Ministro da Marinha, Almirante Américo Tomaz, antes de partir a 01/05 para a sua primeira viagem ao arquipélago da Madeira e ainda realizar provas técnicas de velocidade ao largo de Sesimbra, levando 517,2 toneladas de carga e 2 passageiros.


 O FUNCHALENSE preparando-se para atracar no porto de Leixões, década de 60 / Foto Rui Amaro /.

Aquela nova unidade mercante foi substituir o SÃO SILVESTRE ex FUNCHALENSE (1), que lhe dera o nome, e passou a alternar as viagens com o MADEIRENSE (1) até ser substituído pelo novo MADEIRENSE (2); 10/07/1966 o FUNCHALENSE (2) alterou a sua denominação para ILHA DE PORTO SANTO para dar o nome à nova unidade encomendada aos Estaleiros Navais de São Jacinto, Aveiro; 13/09/1968 foi imobilizado na doca de Santo Amaro, Lisboa; 02/1969 foi reactivado e fretado pela Empresa Insulana de Navegação para colmatar a falta do navio TERCEIRENSE, que se perdera por afundamento junto da Ilha Graciosa, passando então a operar na linha Lisboa/Setúbal/Funchal/Aveiro; 04/02/1974 por fusão das companhias Insulana e Colonial, o fretamento do ILHA DE PORTO SANTO foi transferido para a CTM – Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos Sarl,  Lisboa, continuando a navegar entre o Continente e as Ilhas; 29/11/1974 ILHA DE PORTO SANTO, CTM - Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos Sarl, dLisboa, mantendo o nome e o registo; 16/04/1975 ILHA DE PORTO SANTO, CTM – Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos EP, Lisboa, devido à nacionalização da empresa.
10/04/1976 registo alterado do Funchal para Lisboa, entretanto esteve utilizado no serviço inter-ilhas Açorianas; 13/01/1981 imobilizou em Lisboa; 06/1982 entregue aos sucateiros Baptista & Irmãos, Lda, para desmantelamento no cais Novo de Alhos Vedros, Moita do Ribatejo 21/01/1983 registo cancelado por ter sido demolido.
Fontes: Dicionário de Navios Portugueses - Luis Miguel Correia; Imprensa Diária; Lloyd's Register of Shipping. 
Rui Amaro

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4 comentários:

Francisco Seixas da Costa disse...

Peço que leia
http://duas-ou-tres.blogspot.com/2011/08/santirso.html
Cumprimentos

Rui Amaro disse...

Caro Francisco Seixas da Costa

Já visitei o link que me indicou, mas agora sou eu que o convido a ir ao link deste blogue NAVIOS Á VISTA que a história da lenda dos vapores SANTIRSO em Viana do Castelo e do IBO no Douro/Leixões, em cujas escalas tinha que chover, e por vezes da grossa era um facto, está com mais desenvolvimento.
OS VAPORES DA CHUVA - O IBO E O SANTIRSO
http://naviosavista.blogspot.com/2008/04/os-vapores-da-chuva-o-ibo-e-o-santirso.html
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro - Foz do Douro

Francisco Seixas da Costa disse...

Mas eu cito precisamemte o seu blogue no final do meu post... Era isso que pretendia dizer!

Rui Amaro disse...

Obrigado pela observação mas já tinha entendido isso, tanto que no Blogue DUAS OU TRÊS COISAS também já postei o meu comentário.
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro