sábado, 28 de dezembro de 2013

VAPOR PORTUGUÊS “LUGELA” (1)

O LUGELA algures em qualquer porto da Africa Portuguesa, década de 60 / Autor desconhecido - Colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA no porto de Lisboa, finais da década de 40 / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA fundeado na bacia do porto de Leixões em 04/04/1968 / Rui Amaro /.

O LUGELA no estuário do Tejo, assistido por um rebocador de companhia (MUTELA/MAFRA) na d+ecada de 60 / Autor desconhecido . colecção F. Cabral, Porto /.

O LUGELA fundeado no mar da Palha, estuário do Tejo, aguardando comprador em 1971 / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

O DORTMUND navegando no porto de Hamburgo / Autor desconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.

Vapor Português de linha LUGELA (1), imo 5214149/ código CSKB/ 128,8m/ 5.277tb/ calado 07,73m/ 4xturbinas a vapor Blohm & Voss, de 1926, 3xfornalhas cada para pressão de 15K/cm2, potência 3.000 cavalos, 12 nós/ 53 tripulantes/ 12 passageiros; 14/10/1926 entregue por Blohm & Voss, Hamburgo, como DORTMUND à Deutsche Australische Dampfs Ges., Hamburgo; 1926 DORTMUND, Hamburg Amerika Linie, HAPAG, Hamburgo; 08/09/1939 devido ao eclodir da 2ª guerra mundial refugiou-se no porto neutro de Lourenço Marques, juntamente com outros navios Alemães, a fim de evitar ser atacado pelas forças navais inimigas; 20/05/1943 LUGELA, Companhia Colonial de Navegação, Lisboa;  Em plena guerra mundial, motivado pela falta de unidades mercantes Portuguesas e estrangeiras para fazer face à manutenção das trocas comerciais e ao abastecimento de produtos e bens essenciais à vida do país, ilhas adjacentes e colónias, foram adquiridos em segunda mão as seguintes unidades: SERPA PINTO, LUANGO, HUAMBO, BAILUNDO, LUGELA, BUZI e o minúsculo MICONDÓ pela C.C.N; SOFALA pela C.N.N. e o SETE CIDADES pela C.N.C.A. Para a compra dos navios de nacionalidade Alemã, devido à situação de guerra, teve de haver inteligente diplomacia do governo Português com “Berlim” e com os “Aliados” e sempre com uma difícil concordância daqueles beligerantes, caso da aquisição dos mais tarde denominados HUAMBO, BAILUNDO, LUGELA, BUZI, SOFALA e SETE CIDADES, os quais se encontravam refugiados e internados em portos de Moçambique, Angola e Açores, com as respectivas tripulações retidas a bordo, tendo após a sua compra sido libertadas e entregues às autoridades Alemãs em troca de prisioneiros de guerra Aliados, através de Lisboa, se bem que a aquisição do SETE CIDADES difere bastante das outras aquisições, uma vez que a sua compra foi facilitada pelos Alemães para compensar o ataque e consequente perda do CORTE REAL. O vapor ALLER, quatro mastros, recebeu o nome de SOFALA, passando à época, a ser com os seus 161m/7.957tb a maior unidade da Marinha Mercante Nacional e ainda um dos cerca de noventa maiores navios de carga a nível mundial, acima dos 150m. No que respeita ao DORTMUND passou a ser o LUGELA e foi o primeiro navio de bandeira Portuguesa, cujas máquinas eram accionadas por turbinas a vapor; 26/08/1971 depois de ter estado fundeado no mar da Palha, estuário do Tejo, à espera de comprador, chegava a Bilbao para desmantelamento em sucata.
Fontes: Miramar Ship Index, Navios Mercantes Portugueses, Internet.
Rui Amaro

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