O batelão ZÉZERE em Lisboa pela proa do paquete PÁTRIA / autor desconhecido - colecção Nuno Bartolomeu, Almada /.
Embora seccionado em duas partes distintas, cada qual colocada no respectivo camião gigante, a verdade é que as 60 toneladas de ferro do navio ZÉZERE (LX 1650 TL), com bandeira da CTM, que de Lisboa, viajava para a Régua, passou, a 22/12/1981, pelo meio-dia, através da cidade de Viseu, onde se manteve algumas horas, transformando o trânsito num autêntico pandemónio, causando ainda atrasos consideráveis nas carreiras regulares de passageiros . Apesar dos esforços da PSP, nas ruas Alves Martins, 5 de Outubro, Alferes Maldonado, Largo de Santa Cristina, etc., o trânsito processou-se com enormes dificuldades.
De novo esteve em foco a necessidade de uma saída ampla, ou seja, o prolongamento da Circunvalação, aliás programado para breve.
As obras implicam destruição de quatro casas, cujos proprietários ou inquilinos têm de as abandonar até final de Fevereiro.
Um dos imóveis condenado à destruição foi “abalroado”, num cunhal, pelo ZÉZERE..
Quando os navios saem do mar para andar em terra as complicações são evidentes mas quando isso acontece onde as soluções de trânsito são difíceis para os próprios veículos ligeiros, o problema agudiza-se, naturalmente.
O batelão DOURENSE ancorado no rio Douro, perto de Entre-os-Rios / Colecção Nuno Bartolomeu, Almada /.
A embarcação, que era um batelão de 26,16m/132tb, construído na Alemanha em 1909, pertenceu à CCN, tendo em 1974 passado para a frota da CTM, e estava a ser transportada para a Régua, a fim de ser utilizada na extracção de inertes no rio Douro por uma empresa local que a adquiriu e a rebaptizou de DOURENSE. .
Fonte: Jornal "O COMÉRCIO DO PORTO".
Rui Amaro
Rui Amaro
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