Será que alguém poderá dar nome, detalhes e historial a este lugre, que tudo leva a crer seja bacalhoeiro, e cuja imagem mostra-o amarrado no rio Douro, lugar de Santo António do Vale da Piedade, diante de Massarelos, vislumbrando-se no mastro grande uma bandeira, que parece ser da Empresa de Pesca de Viana?
Aparentemente, aquele lugre fazia parte da frota daquela empresa Vianense ou da sua antecessora Companhia Marítima de Transportes e Pesca, Lda., ambas da praça de Viana do Castelo, visto o quadro de grandes dimensões ter sido recuperado do espólio documental e fotográfico, o qual em grande parte foi, inadvertidamente destruído, aquando da dissolução daquela importante empresa da indústria da pesca do bacalhau, e que além do SANTA MARIA MANUELA, lugre de quatro mastros, não consta que da sua frota tenha feito parte qualquer outro lugre com aquele número de mastros.
Há uma imagem de Viana do Castelo, em que se vê um lugre de quatro mastros, cuja legenda menciona o nome de RIO LIMA, no entanto pesquisando documentação da especialidade, de facto apenas se encontrou um lugre com esse nome, contudo de três mastros, 1920/51, que eu ainda cheguei a conhecer.
Se na realidade o lugre em causa é da praça de Viana do Castelo, a foto terá sido obtida muito anteriormente à guerra de 1939/45, até porque a pintura não é branca mas escura, mas também porque não há conhecimento de navios bacalhoeiros daquela praça terem vindo hibernar, desembarcar a companha, aliviar carga ou aguardar melhor maré na barra daquele porto do Alto Minho, pois não o faziam no rio Douro, mas sim na bacia do porto de Leixões ou mais tarde nas suas docas, salvo um dos arrastões gémeos VASCO D’OREY ou SANTA MARIA MADALENA, na década de 60.
Pesquisa com a colaboração do amigo Reinaldo Delgado - Blogue NAVIOS E NAVEGADORES.
Fico a aguardar noticias, o que desde já muito agradeço.
Rui Amaro
15 comentários:
Ol'chap!
Apesar da prévia troca de impressões sobre o lugre em causa, o navio deve ser mais antigo, do que inicialmente previmos. Aliás, se foi bacalhoeiro, teria de ser do Porto e nunca de Viana. Posso colaborar, com os mais entendidos no assunto, informando da existência de 6 lugres de 4 mastros, no país, durante o ano de 1925.
Eram eles um "Algarve", do Júdice Fialho, registado em Portimão, três de Lisboa, o "Triumpho", um outro também iniciado pela letra "T", que agora não lembro o nome e o famoso "Maria do Amparo" ex "Ferreira". Com registo no Porto, havia o "Adamastor" e o "Curvos".
Pessoalmente, gostava que fosse o "Adamastor", mas...
Um grande abraço e os antecipados agradecimentos a todos os amigos disponíveis para resolver o mistério.
Reimar
Caro Rui Amaro
Gostando imenso destes desafios, desta vez vou apostar no Lugre escuna “Viana”, com um deslocamento bruto de 442 ton., construído em Vila do Conde em 1922 para os Armadores do Norte Lda.
Saudações marinheiras
Amigo
Luis Filipe Morazzo
Amigos
Relativamente ao lugre VIANA e o GROENLANDIA, há uma certa confusão, no entanto eu e o colega Reinaldo do “Blogue Navios e Navegadores”, que tem feito um excelente trabalho de pesquisa sobre navios Portugueses, particularmente lugres bacalhoeiros, por portos e armadores, como atesta o seu comentário, embora ainda não tenha chegado à praça de Lisboa, com os conhecimentos e elementos que possuímos, estivemos a analisar vária documentação e notamos que o lugre VIANA foi construído em madeira como lugre-escuna de três mastros pelos Chantiers Navals Franco Portuguais, Azurara, Vila do Conde, em 04/1922, não para qualquer armador Português, porém arvorando pavilhão Francês para o armador La Morue Française, Fécamp, embora destinado a St. Pierre et Miquelon, onde sofreu um incêndio em 03/08/1922, pouco tempo depois da sua entrega, que aparentemente quase o destruiu. Recuperado voltou às fainas pesqueiras nos Grandes Bancos, e por volta de 1935 foi vendido a Portugal, até porque nessa altura foram adquiridos dois ou três lugres escunas, como o NORMANDIE, do armamento Portuense. De acordo com a nossa pesquisa o lugre escuna VIANA ou GROENLANDIA jamais pertenceram ao armamento de Viana do Castelo, embora anos antes tivesse havido um pequeno navio de vela de nome VIANNA, 96 toneladas brutas, construído em Runcorn, Inglaterra.
1935 – GROENLANDIA ex VIANA – sinal de chamada CSHU – lugre-escuna de 3 mastros – 441,86 tb; 310,88 tl – Cff 50,65m – registo Vila do Conde e alterado para Lisboa; Armadores do Norte, Lda., Porto?? – máquina Di 240Bhp Estocolmo, 1935 Polar – 12 tripulantes fora os pescadores; 1941 lugre de velas latinas de 3 mastros, reconstruído em 1940, armador Armazéns José Luís da Costa & Cia.,Lda., Lisboa; 1948 reconstruído – matricula LX-9-N – 3 mastros de velas latinas; 441,91tb – 239,75tl – Cpp 45,62m; 23/06/1956 – lugre-motor GROENLANDIA, 441,91TB; 8.204 quintais; tripulação 12, pescadores 46; armador Armazéns José Luís da Costa & Cia Lda., Lisboa; 31/08/1957 naufragou na Terra Nova por água aberta.
Ignoramos quando a mastreação foi alterada para quatro mastros.
Na documentação deixada por meu pai há um desenho feito entre 1931 e 1934 de um lugre de 4 paus, a que lhe deu o nome de VIANA, que talvez tivesse sido coincidência, pois ele desenhava navios que jamais existiram, e dava-lhe nomes de terras.
Na minha colecção de recortes de jornais, há uma gravura em muito mau estado, sem legenda, de um lugre-escuna de 3 paus, no rio Douro, que o meu pai me dizia que era o GROENLANDIA e hibernava aqui no Porto.
Procurar na net: Le trois mats morutier VIANA (Saint Malo 1932); Canada GenWeb.org.(Daily News) 1922 – French barquentine VIANA; Plimsoll Ship Data (Lloyd’s Register 1930/1945).
A página MIRAMAR SHIP INDEX não faz referencia a estes lugres, o que é pena.
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro
Caro Rui Amaro
Não querendo levar a taça para casa, estamos aqui para nos entretermos e nada mais do que isso, gostaria contudo de salientar o seguinte: Quando se refere ao Lugre “Viana”de 1922, mais tarde em 1935, “Groenlândia”, como sendo um lugre de três mastros, não vou poder concordar consigo. Acredito que possa estar a confundir este “Viana” com outro, e quando diz que este navio passou em determinada altura de três para quatro paus, aqui é que não posso mesmo aceitar, uma vez que todos sabemos que essa mudança, iria implicar a grandes transformações em toda a estrutura do navio (boca, comprimento, cavername etc.). Por outro lado, e a história não mente quando diz que, a primeira operação de “Jumboizing” em Portugal, aconteceu com o navio “Rui Alberto” da empresa Ribamar, realizado no Estaleiro de São Jacinto, durante os anos de 1945 a 1947. Sendo assim, vamos mesmo ter que pensar em outro “Viana”.
A operação inversa, veleiros que viram o número dos seus mastros reduzido, por terem de praticar outro tipo de tráfego para o qual foram concebidos, essa sim, tem sido normal ao longo dos tempos. Dou como exemplo: o lugre “Jaime Silva”, com um deslocamento de 370 TPB, construído em 1946 em Esposende, para a Empresa Marítima Jaime Silva, utilizado inicialmente para cabotagem nacional / internacional, apresentava para o efeito três mastros de carga.
Vendido nos anos 70 para C.Verde, passou a chamar-se “Conceição Maria”, naquela altura foi-lhe retirado o mastro da mezena, a fim de poder ganhar mais espaço para carga geral no tombadilho. Após a transformação, ficou a armar como “Palhabote”, dedicava-se à cabotagem inter-ilhas, até ao dia em que veio a naufragar por encalhe, em 13-8-80, às 10h da noite, por erro de navegação, no porto do Tarrafal de S.Nicolau.
Aconselho a aceder ao site do museu de Ílhavo, no separador “Navios”, em seguida, pesquisando pelo nome “Viana”, poderá observar toda o histórico deste navio. Acredito que os historiadores que criaram esta bela base de dados estejam tão bem documentados como os meus amigos Rui Amaro e Reimar.
Saudações marinheiras
Luis Filipe Morazzo
Caro Luís Filipe Morazzo
Fez muito bem dar a sua achega, que agradecemos.
Na verdade também fiquei muito admirado, quando na Net, em dois blogues, vi a imagem dum lugre bacalhoeiro de 4 mastros de nome GROENLANDIA, que dizem ter sido construído em Vila do Conde em 1922 sob o nome de VIANA, e que segundo consta foi o maior navio saído dos estaleiros do rio Ave, quando sempre julgava o GROENLANDIA, que fez parte do armamento Portuense, como lugre escuna de 3 mastros, o que aliás meu pai falava-me muito dele e do NORAMNDIE, que se não eram gémeos, seriam muito parecidos.
Agora o GROENLANDIA segundo o amigo Reinaldo apurou foi reconstruído em 1940 e 1948, possivelmente foi nessa altura, que eventualmente após profunda reconstrução lhe possa ter sido alterada a mastreação sem necessidade de “Jumboizing”, aliás as dimensões encontradas em diferentes anos são ligeiríssimas, pelo que não houve aumento ao seu comprimento. Note-se que o lugre SENHORA DA SAÚDE era de 4 mastros e o seu comprimento e tonelagem eram sensivelmente iguais à do VIANA/GROENLANDIA de 3 mastros.
Agora uma coisa é certa, os dados do Lloyd’s Register ( Plimsoll Ship Data 1930/1945) são fiáveis, pois na minha actividade profissional de atendimento aos navios que vinham consignados à casa de que eu era colaborador, anteriormente ao aparecimento da Net, era de lá que colhíamos as características dos navios, e sempre estiveram de acordo com os documentos oficiais dos respectivos navios.
Tenho estado a tentar aceder à página do MUSEU MARITIMO DE ILHAVO sem sucesso, e não duvidando da capacidade dos seus historiadores, e até porque têm muito mais facilidade de acesso a variada documentação e instituições, estou convencido que apenas houve um lugre que foi construído em 1922 em Vila do Conde com o nome de VIANA para França e por volta de 1935 veio para Portugal tomando o nome de GROENLANDIA, tendo sido reconstruído por duas vezes, agora se lhe acrescentaram mais um mastro ou não, já não digo nada. Uma coisa é certa há uma foto do GROENLANDIA de 4 mastros.
A postagem do texto NAVIO MISTÉRIO veio a propósito do entusiasta de navios, particularmente de lugres, João Passos, residente em Viana do Castelo, que procura saber o nome do lugre, que pela bandeira no mastro grande e do local de onde foi recuperado, tudo leva a crer ter pertencido á Empresa de Pesca de Viana. Há quem diga que é um RIO LIMA do início do século XX, mas RIO LIMA parece-me apenas ter havido o 3 mastros 1921/1951.
Vamos indo, vamos vendo…..
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro
Caro Rui Amaro
Desculpe a minha insistência em não concordar com a colocação de um quarto mastro no navio “Viana/Groenlândia”. Como sabe, em qualquer veleiro os mastros devem estar equidistantes uns dos outros, não só, para que a incidência do vento sobre o velame esteja bem equilibrada, mas também, o esforço que os mastros exercem especialmente na sobrequilha (carlinga), e restante estrutura do navio, seja o mais repartido possível. Seguindo este princípio, a colocação do tal mastro extra, implicaria uma total recolocação dos mastros já existentes, o que seria de todo impensável.
Em relação à reconstrução que o ”Viana/Groenlândia” sofreu em 1940, posso acrescentar que foi nesse ano em que lhe foi introduzido o motor, o mesmo aconteceu a outras unidades da frota.
Saudações marinheiras
Luis Filipe Morazzo
Caro Luis Filipe Morazzo
Já consultei a página do Museu Marítimo de Ilhavo e não fiquei convencido do historial apresentado, porque se tivessem existido dois lugres VIANA/GROENLANDIA apareciam nas edições anuais do Lloyds Register of Shipping, que é a fonte documental mais fiável e sempre actualizada, e pena é na NET, o Plimsoll Ship Data não ter as copias do LR de 1945 a 1957, ano este da perda do GROENLANDIA, e aí é que se via o historial completo do navio, e ainda o número de mastros em cada edição.
Eu não estou a ver dois navios VIANA lançados ao mar nos estaleiros Chantiers Navals Franco Portuguais, Vila do Conde, em 04/1922, por conseguinte na mesma data, um registado para o armador La Morue Française e outro para Armadores do Norte.
Eu, como o amigo Morazzo, não sou perito em construção naval, se bem que já houve um porta-contentores britânico na década de 70 a navegar baseado num desenho de minha autoria, feito por brincadeira e que um capitão apresentou ao seu armador, e lá projectaram o navio, no entanto compreendo a sua teoria, sobre a alteração da mastreação e ainda a instalação da máquina, mas também o lugre poderia ter sido submetido a uma reconstrução total, e nesse caso os quatro mastros foram colocados nos devidos espaços.
Posso estar enganado mas esta é a minha opinião e não sei relatar mais outra!
Saudações marítimo-entusiásticas.
Rui Amaro
Caríssimos Reimar e Rui Amaro
Vocês devem-me considerar muito chato, mas quando informam que o clipper "Cutty Sark" ex "Ferreira" apresentava 4 mastros e armava como lugre, sou obrigado a reagir. Este famoso Clipper sempre teve 3 mastros e nunca armou como lugre, mas sim como barca, após de ter sofrido um violento temporal na costa da África do Sul, que o desmastreou. O armador por motivos económicos, ao recuperar o navio, reduzi-lhe o pano drasticamente.
Saudações marinheiras
Luis Filipe Morazzo
Meus amigos !
Relativamente aos factos referidos ambos tem razão; porque o "Maria do Amparo" referido como lugre de 4 mastros, não é o ex "Ferreira / Cutty Sark", que só teve 3 mastros. Porque o inicialmente "Vianna", depois "Viana", só existiu um e foi construído por encomenda do armador La Morue, de Fécamp, muito embora o navio tivesse navegado com o pavilhão de França / St. Pierre et Miquelon.
É este mesmo navio que aparece em 1935 (está esplícito no LR), com o nome "Groenlândia", lugre-escuna, 3 mastros, mesmo depois de motorizado.
Através do registo LX-9-N, nome Groenlândia, tenho-o documentado em foto e não tenho dúvida em afirmar tratar-se dum lugre com 4 mastros. Se até 1948, cada vez que eram efectuadas reconstruções, como a motorização em 1935, cada vez o navio apresentava um comprimento menor, a colocação do 4º mastro deve ter acontecido neste ano, pelo que a minha foto deverá ser dos anos 50.
Entretanto encontrei outro navio, lugre de 4 mastros, construído em Esposende em 1922 e transformado pouco tempo depois em fragata de carga, ficando no Douro, que nos abre outra possibilidade para não saber exactamente qual é realmente o navio da foto.
Um abraço a ambos.
Reimar
Caro Luís Filipe Morazzo e Reimar
O Amigo Morazzo não chateia nada, os seus comentários são sempre bem-vindos e tem toda a razão, aliás não me apercebi dos 4 mastros do Maria do Amparo no comentário do amigo Reimar.
Em toda a sua existência, quer como Cutty Sark, Ferreira, Maria do Amparo, Cutty Sark, sempre teve três mastros, só que agora, infelizmente devido ao fogo que o destruiu nem mastros tem.
No Blog PURO VENENO http://puroveneno.blogs.sapo.pt/114337.html existe uma foto do Maria do Amparo, já não armado como galera mas sim em lugre-patacho, segundo a nomenclatura portuguesa, e parece ter sido obtida no porto de Lisboa, porque ao fundo, à direita parece distinguir-se uma fragata do Tejo. Talvez tivesse havido confusão com qualquer outro eventual lugre de nome Maria do Amparo ou de nome parecido.
No que respeita ao lugre da foto, o quadro foi encontrado nas instalações da Empresa de Pesca de Viana e bandeira no mastro grande, aparentemente é dessa empresa, aliás já confrontei com a bandeira do lugre Rio Lima, de 3 mastros, e por conseguinte tudo leva a crer que o lugre é de facto daquele armador. Segundo julgo nunca se ouviu falar de navios bacalhoeiros afretados a outros armadores.
O caso da descoberta do “navio fantasma” está complicado!
Já agora também existiu o Sinfães da Transatlantica, Porto, ex Adamastor (vide LR).
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro
Caro Rui Amaro,
Ao pesquisar o seu blog a ver se encontrava uma foto do «Condestável», «ex-Brilhante», deparei com o «navio mistério». Na altura em que foi postado passou-me despercebido. Só agora reparei no navio e nos comentários e parece-me que se trata do navio «Gaspar»-o primeiro, construído nos Estaleiros do Campo da Feira para A Parceria de Pescarias de Viana, antecessora da Companhia Marítima de Transportes e de Pesca e esta da Empresa de Pesca de Viana.
Este navio foi registado na capitânia de V.do Castelo com o nº 60 para o comércio marítimo. Tinha 50,61 m de comprimento,10,7 de boca,450,29 tons de arqueação bruta e armava em lugre de 4 mastros. Depois do lançamento à água no dia 7-3-1919, fez a 1.ª viagem do Porto para Bordéus com um carregamento de vinho.
O segundo navio com o nome «Gaspar» era como sabe o «Sarah» construído na F. da Foz.
Um abraço,
Martins
Caro Rui Amaro,
Ao pesquisar o seu blog a ver se encontrava uma foto do «Condestável», «ex-Brilhante», deparei com o «navio mistério». Na altura em que foi postado passou-me despercebido. Só agora reparei no navio e nos comentários e parece-me que se trata do navio «Gaspar»-o primeiro, construído nos Estaleiros do Campo da Feira para A Parceria de Pescarias de Viana, antecessora da Companhia Marítima de Transportes e de Pesca e esta da Empresa de Pesca de Viana.
Este navio foi registado na capitânia de V.do Castelo com o nº 60 para o comércio marítimo.Depois do lançamento à água no dia 7-3-1919, fez a 1.ª viagem do Porto para Bordéus com um carregamento de vinho.
o segundo navio com o nome «Gaspar» era como sabe o «Sarah» construído na F. da Foz.
Um abraço,
Martins
Amigo Martins
Grato pelo seu valioso comentário que parece ir ao encontro da identificação do "navio mistério" como seja o lugre GAMO, o segundo na ordem de três que existiram, quanto mais não seja pela bandeira no topo do mastro grande muita parecida com a da saudosa Empresa de Pesca de Viana, ou das suas empresas que lhe precederam. Além disso o quadro de grandes dimensões com a imagem do lugre foi encontrado nos armazéns daquela empresa de pesca do bacalhau e ainda o facto do lugre se encontrar amarrado no rio Douro, na margem de Gaia, sem vestígios de doris empilhados e não muito longe dos armazéns de vinho do Porto, talvez para carregar vinho para França, e analisando a foto pela margem de Massarelos, parece de facto ser por volta de 1920.
È tudo que se me oferece acrescentar.
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amao
Amigo Martins
Correcção.
No meu anterior comentário onde se lê «como seja o lugre GAMO, o segundo na ordem de três que existiram» dever-se-há ler «como seja o lugre GASPAR, o primeiro na ordem de dois que existiram».
Há um outro pormenor o GASPAR também foi a Nova Orleães carregar aduela para o rio Douro, que ao tempo era um tráfego de importação muito em voga aqui para o Porto, mais propriamente para V.N.de Gaia, claro para a industria de tanoaria para a confecção de cascaria muito utilizada pelos armazéns de vinho do Porto, e lá temos o facto do navio se encontrar amarrado à margem de Gaia.
O navio parece ter acabado de amarrar, porque há uma catraia dos pilotos das amarrações à borda, e ainda o facto das velas ainda não estarem ferradas.
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro
Eu nao percebo nada de barcos. Mas preciso saber o nome TRAQUETE; Vela redonda que enverga no mastro da Proa. Como foi dado este nome Traquete, e por quem?? E se, se sabe de que data este nome vem a ser conhecido?? Se me poder dar esta informacao agradecia.
o meu nome e Deolinda Traquete
email: deolinda@janddgouveia.com
Obrigado pelo seu interesse.
Enviar um comentário