quarta-feira, 14 de abril de 2010

10/ABRIL/2010 – CAIS DO BICO DA MURTOSA, GAFANHA DA NAZARÉ E FORTE DA BARRA


As cegonhas da Murtosa


Foge! Olha a Guarda-fiscal!

Olha o Nuno Gomes do Benfica, que foi do meu clube, o martirizado e popular BOAVISTA!

Moliceiro abandonado à espera do "breaking up"

Caçadeira no descanço


Port(inh)o de abrigo do cais do Bico da Murtosa, vendo-se ao fundo os deslumbrantes e coloridos armazéns de apoio aos pescadores, que servem para depósito e guarda das artes e palamentas das suas embarcações.

A bateirinha ou caçadeira vinda de mais uma maré passa diante do cais do Bico da Murtosa de rumo a outro centro piscatório ribeirinho.

Um autentico "monumento à sucata", possivelmente está à espera de lotamento para o conduzir aos "shipbreakers de Alliaga, India".
Já agora gostava de saber detalhes deste monte de sucata, que não fica muito bem naquele aprazivel espaço!?


O navio de pesca fábrica Russo VERKHOVINA acostado no porto de Aveiro.
Será Russo ou já Português, ou de bandeira de conveniência? Será que está à espera do camartelo ou irá ser reactivado?


O catamaran DAMIÃO DE GOES em fabricos na Gafanha da Nazaré


O YVONE-V junto à doca sêca flutuante.


Este é ou foi Polaco, e segundo consta esteve abandonado no porto de Vigo, mas ainda pode ser muito útil nas amarguradas pescas Portuguesas.

E para polaco saber, aí vai em escrita da enlutada Polonia para Polaco entender! Se entender!? Polski statek rybacky HINLOPEN portu w Aveiro.


O MAR DE VIANA não no mar de Aveiro, mas na belissima ria de Aveiro.



A Tinita na ria de Aveiro, ESPREITA, BALANÇUELA e SALINAS DE AVEIRO


SÃO RAFAEL, MURTOSA, PRAIA DA ERICEIRA e o FOZ DO VOUGA, que foi um prestante rebocador portuário de Aveiro e fez serviço de rebocagem de fragatas entre Setubal ou Lisboa e o Porto, possivelmente estão no "laid up", pelo menos o rebocador está!

Dizem eles que Portugal foi (ou é?) um país de MARINHEIROS, mas apoios às pescas e Marinhas, "Nickles"! Ah, oferecem-lhes Simplex, ou seja sempre mais burocracia!


Paciência de JÓ, e o peixe não pica! A pesca lúdica mesmo assim é bom passatempo. Note-se que um pouco mais para Oeste, não faltava peixaria.

Nesta prancha-cais, na década de 60, levei um grande susto, o navio alemão PAULA BUSCHER, que eu fui atender ao porto de Aveiro, a carga "barda" de toros de pinho, correu ao lado, e navio adornou demasiado, felizmente para o lado da muralha, que o segurou, se adornasse para o lado da ria, tinha mesmo ido ao "charco". Relato mais pormenorizado está postado neste mesmo Blogue «Navio-motor PAULA BUSCHER em Aveiro e o incidente antevisto por mim».


O ARGUS, Português ou Panamiano (Talvez fosse mais correcto retirar a palavra PANAMA), é que faz uma triste finta. Aliás fui fintado, pois contava com ele atracado em local mais apropriado para fotos.


Parabéns à APA e aos seus pilotos da barra, por preservarem a bandeira e as cores das embarcações do INPP e das antigas corporações de pilotos dos portos Portugueses, na sua excelente lancha de pilotar DUAS ÁGUAS.


Olha o cimenteiro ROAZ demandando a barra de Aveiro, e apitar estrondosamente, que nem as sirenes dos QUEENS, da Cunard Line!


De visita à Murtosa, terra de meu avô paterno, José Maria Fernandes Amaro (família Colegas e Galvão), que no último quarto do século XIX, com 17 anos de idade, por desentendimento com pais e irmãos, residentes no Rêgo de Água, abalou da terra, então freguesia do concelho de Estarreja, e veio para o lugar da Afurada, concelho de Vila Nova de Gaia, ali na margem esquerda do estuário do rio Douro, onde já havia muita gente também oriunda da Murtosa, e ai assentou arraiais, refazendo a sua vida nas artes pesqueiras, fazendo transportar a sua bateira e respectivas artes, segundo consta, em carro de bois desde a Murtosa até à Afurada, vindo mais tarde para o lugar da Cantareira da freguesia da Foz do Douro, após casamento, dei um salto a Ílhavo, à área portuária de Aveiro.

Texto e imagens de Rui Amaro

1 comentário:

marmol disse...

Muito bonito e saudoso sr. Rui Amaro. Também para mim estas imagens me fazem lembrar outros tempos de saudosa memória.
Um abraço.
Oliveira Martins