quinta-feira, 1 de abril de 2010

RECORDANDO O ABALROAMENTO ENTRE AS TRAINEIRAS “SÃO PEDRO 2º” e a “GONDOMAR”, RESULTANDO O AFUNDAMENTO DA PRIMEIRA

A traineira SÃO PEDRO 2º vinda de mais um maré, demanda o porto de Leixões


Matosinhos 29/12/1968 – Na manhã de ontem, mais precisamente às 07h36, a setenta braças a Noroeste do porto de Leixões, na zona marítima da Póvoa de Varzim, abalroaram por circunstancias até ao momento não apuradas, as traineiras desta praça SÃO PEDRO 2º e GONDOMAR, pertencentes às firmas armadoras desta vila, respectivamente, Empresa de Pesca Vimaranense, Lda. e Sociedade de Pesca Gondomarense.

Devido à colisão, de certo modo violenta, a primeira embarcação ficou com água aberta pelo facto de ter sofrido um rombo abaixo da linha de água.

Por intermédio da Rádio Matosinhos-Pesca, foram alertadas todas as traineiras que por próximo se encontravam na faina da pesca da sardinha, sendo recebida a bordo de alguns barcos a tripulação com todos os seus haveres e a respectiva rede, enquanto se procedia ao reboque da SÃO PEDRO 2º para o porto de Leixões, pela FELICIDADE ROSA, do mesmo armador.

Entretanto de Leixões saiu o rebocador MONTE CRASTO da A.P.D.L., a fim de se ocupar do reboque que vinha a ser feito pela embarcação já referida, mas tal intento não foi coroado do êxito esperado, pois, já à profundidade das quarenta e sete braças e pelas 10h51, a SÃO PEDRO 2º afundou-se.

O mestre da traineira afundada, José Fernandes Moço, também muito conhecido pela alcunha de “Zé Tarrafa” tentou todas as precauções ao seu alcance de momento, no intuito de evitar perdas de vidas a bordo do seu barco.

A ocorrência foi participada às autoridades marítimas.

Fonte e imagem do matutino O COMERCIO DO PORTO.

Rui Amaro

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