terça-feira, 29 de novembro de 2011

REBOCADORES DE OUTROS PORTOS QUE ASSISTIRAM NAVIOS TANQUES NAS MANOBRAS DE ACOSTAGEM AO TERMINAL PETROLIFERO DO PORTO DE LEIXÕES APÓS O TRÁGICO ACIDENTE DO PETROLEIRO "JAKOB MAERSK"

Os destroços e nafta do desventurado petroleiro JAKOB MAERSK ainda fumegantes, 29/01/1975 / Nevolgilde /.
Os rebocadores da APDL atracados no porto de Leixões em 1973 - Primeiro plano: MONTE DA LAPA, MONTE DE SÃO BRÁZ e MONTE DO LEÇA - Segundo plano: MONTE CRASTO / Rui Amaro /.
Após o trágico acidente do petroleiro Dinamarquês JAKOB MAERSK da A. P. Moller (Maersk Line), de Copenhaga, que ocorrera a 29/01/1975, quando manobrava para acostar ao Posto A do Terminal de Petroleiros de Leixões com a assistência dos rebocadores MONTE DE SÃO BRÁZ (2.800hp/30tons tracção) e o trio MONTE DA LUZ, MONTE XISTO e MONTE DA LAPA (1.300hp/14tons tracção), e apesar da APDL – Administração dos Portos do Douro e Leixões possuir dois excelentes e potentes rebocadores, que eram o MONTE DO LEÇA e MONTE DE SÃO BRÁS, que embora operando mais a nível portuário, quase que se poderiam considerar rebocadores de alto-mar até pelas provas, já dadas em operações de busca e salvamento marítimo, sendo uma dessas acções na ocasião do naufrágio do navio-motor Cipriota TENORGA, junto do Castelo do Queijo, em que o MONTE DO LEÇA se fez ao local do acidente na vã tentativa de resgatar os náufragos, debaixo dum mar infernal, só não tendo tido êxito devido ao naufrágio ter ocorrido no escuro da noite, mas que a sua equipagem foi de um arrojo heróico, sem qualquer dúvida que o foi. Rebocadores esses, que infelizmente não estavam preparados para aquelas difíceis manobras a nível de força de tracção, pelo que aquela autoridade portuária viu-se na necessidade de fretar rebocadores mais preparados para essas operações. À altura do acidente do JAKOB MAERSK a APDL possuía além dos rebocadores acima referenciados também o MONTE CRASTO (875hp/11tons de tracção).
E sendo assim, fora o PORTEL e o PENEDA que foram enviados para os portos petrolíferos pelo seu armador a SOPONATA incluindo o porto de Leixões, a fim auxiliarem as manobras do seus petroleiros, os rebocadores que se seguem e um ou outro da vizinha Galiza, e de que eu me recorde, foram sendo fretados pela APDL conforme as necessidades:
MONSANTO – Companhia Colonial de Navegação, Lisboa
MONTE BRANCO – REBOSADO Rebocadores Fluviais do Sado, Setúbal
PIONEIRO – Navegação Fluvial e Costeira de Rui da Cruz e Júlio da Cruz, Lda., Lisboa
DOM LUIZ – AGPL Administração Geral do Porto de Lisboa, Lisboa
CABO ESPICHEL – APL Administração do Porto de Lisboa, Lisboa
CABO DA ROCA – Administração do Porto de Lisboa, Lisboa
NIPON – SOCARMAR Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas SA, Lisboa
ÁTOMO – Sociedade Cooperativa dos Catraeiros do Porto de Lisboa, Lisboa
NEIVA – Sociedade Cooperativa dos Catraeiros do Porto de Lisboa, Lisboa
CATRAIO – Sociedade Cooperativa dos Catraeiros do Porto de Lisboa, Lisboa
PALENÇA – REBOCALIS Rebocagem e Assistência Marítima, Lda, Setúbal
CHARNECA – REBOCALIS Rebocagem e Assistência Marítima, Lda, Setúbal
COMENDA – REBOSADO Reboques Fluviais do Sado, Lda, Setúbal
LEÃO DOS MARES – TINITA Transportes e Reboques Marítimos, Viana do Castelo
CASTELO DE VIANA – REBOPORT Sociedade Portuguesa de Reboques Marítimos SA, Sines
A partir de 2007 começou a funcionar a segunda "monoboia" para descarga de hidrocarbonetos para a refinaria da Petrogal, de Leça da Palmeira. Esta estrutura passou a permitir que os navios a ela atraquem e que, conectando-se a um oleoduto submarino, descarreguem ou carreguem sem necessidade de atracação ao Posto A do Terminal de Petroleiros. A estrutura está implementada a cerca de 3 quilómetros da costa e permite o atraque de navios até 300 mil toneladas de arqueação bruta, se bem que com a presença física de piloto da barra e da assistência de rebocadores, e com a renovação de uma nova frota pela APDL, os fretamentos deixaram de ser necessários.
Actualmente a APDL possui uma frota de quatro rebocadores denominados MONTE DO LEÇA, TRITÁO, PEGASO, PROMETEU, e adjudicou em Abril passado a aquisição de dois rebocadores, com um comprimento de 25m e uma força de tracção de 60 tons, à empresa Astilleros Armon, da Galiza.

Os rebocadores COMENDA e LEÃO DOS MARES no porto de Leixões, anos 90 / Autor desconhecido - enviada por Nuno Bartolomeu, de Almada /.

O rebocador CABO ESPICHEL navegando ao largo do porto de Leixões / Autor desconhecido - foto enviada por Nuno Bartolomeu, de Almada /.

Os rebocadores PALENÇA e CASTELO DE VIANA atracados no porto de Leixões em 2006 / foto de autor desconhecido enviada por Nuno Bartolomeu, de Almada /.

O rebocador CABO DA ROCA atracado ao cais Norte do Pescado em 03/1976 / Rui Amaro /.

Os rebocadores PROMETEU e PEGASO da APDL atracados no porto de Leixões em 2009 / (c) foto de José Modesto /.

Rui Amaro

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