terça-feira, 4 de junho de 2013

RECORDANDO O BATELÃO “COSTA NOVA”

Batelão COSTA NOVA fundeado entre vários batelões de aguada junto do cais da Ribeira Nova, Lisboa, inicio da década de 50.  


Batelão COSTA NOVA aguardando desmantelamento no estaleiro de Arrentela em 1987 


Estaleiro de sucatas de Arrentela, vendo-se entre outros o batelão COSTA NOVA atracado a um dos cais.

O batelão NAVEX convertido em restaurante posicionado na doca da Rocha em 2009 // foto de autor desconhecido - colecção Nuno Bartolomeu, Almada /.

Batelão COSTA NOVA, cff 40,55M/ boca 07m/ pontal 3,60m/ 300tb/ capacidade 800tons; cabinado à ré c/ roda de leme e habitáculo/ 1 mastro com paus de carga entre 2 porões cobertos com travessas de madeira; lotamento 1 mestre e 3 marinheiros; 1920 construído na Alemanha; 1946 COSTA NOVA, Pascoais Unidos Lda., Matosinhos/Porto, passando, juntamente com o batelão CANTANHEDE e GIBRALTINA, a operar no tráfego costeiro entre Setúbal e o Douro e por vezes escalando outros portos da costa Portuguesa, todos eles conduzidos pelo rebocador MARIALVA, do mesmo armador, no transporte de cimento ensacado da Companhia Secil e no retorno levando carvão em pó da Empresa Carbonífera do Douro para aquela cimenteira do Outão; 03/06/1954 COSTA NOVA, Sofamar – Soc. de Fainas de Mar e Rio, Lisboa, continuando no mesmo tráfego e mais tarde, depois do fatídico naufrágio do rebocador MARIALVA e dos batelões CANTANHEDE e MICAELENSE ocorrido em 07/12/1959 ao largo da barra do Douro e em que pereceram 17 vidas, passou a transportar ferro da Siderurgia do Seixal, juntamente com o batelão JOÃO DIOGO, ex vapor ZÉ MANEL, e o moderno MAIORCA para o Douro e Leixões, ambos rebocados pelo reconstruido rebocador FALCÃO 1º, também da Sofamar. E se bem me lembro, fez algumas viagens conduzido pelo SOURE e também pelo FOZ DO VOUGA. A 05/1954 fez uma viagem rebocado pelo PRAIA GRANDE para o Douro; 1972 COSTA NOVA transferido para o tráfego fluvial no rio Tejo, e os dois porões passaram a ser cobertos com encerados e retirado o mastro, passando a tripulação a ser composta por um mestre e dois marinheiros, fazendo o transbordo entre os grandes graneleiros fundeados no Mar da Palha e a muralha; 1977 COSTA NOVA,  ETE – Empresa de Trafego e Estiva SA, Lisboa, que o empregou no mesmo trafego fluvial; 1987 encostou ma doca do Poço do Bispo juntamente com outras unidades do armador e nesse mesmo ano foi abatido ao efectivo e levado para o estaleiro de Arrentela para demolição.
Principais tráfegos de transbordo dos grandes graneleiros fundeados no mar da Palha, Rio Tejo: trigo para os silos do Beato, Palença e mais tarde Trafaria; soja e carvão para Alhandra; carvão para a Siderurgia Nacional, Seixal; adubo para o Barreiro e Montijo
1987 quando os batelões da ETE que estavam na Doca do Poço do Bispo foram encalhados no estaleiro de Arrentela para desmantelamento em sucata, os seguintes batelões da ETE: PARDAL DO TEJO, BAIRRADA, FAFE, RIO NEGRO, RIO BRANCO, GRÉMIO, FELIPA, NAVEX e o COSTA NOVA, que começaram a ser desmantelados durante os primeiros anos da década de 90.
O batelão NAVEX e FELIPA foram comprados para ser reconvertidos como restaurantes flutuantes e posicionados na doca da Rocha.
Fontes: Arquivo do autor; Nuno Bartolomeu, Almada.
Imagens: autor desconhecido e cedidas gentilmente por Nuno Bartolomeu, Almada
Rui Amaro

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