O lugar do Cais do Jones ou de D. Luiz, onde existe a Lingueta do mesmo nome, vislumbrando-se no alto do morro a característica igreja do extinto convento da Serra do Pilar, posteriormente adaptado a quartel do exército, década de 50. / (c) Foto de F. Cabral /.
Era dado o nome de Lingueta do Jones a uma rampa na margem de Vila Nova de Gaia, ainda hoje existente, por onde em tempos recuados se fazia a circulação de pessoas entre margens ou vindas de ribadouro e das mercadorias, fossem de embarcações oceânicas ou fluviais.
Entre outras linguetas existentes nas margens do porto do Douro encontrava-se a do Jones, como uma das mais importantes, situada muito próximo da ponte Pênsil e do tabuleiro inferior da actual ponte D. Luiz I, e embora o nome seja mantido, é desconhecido por grande parte das populações, desde que a navegação mercante iniciou o abandono do porto do Porto.
O local onde existe a referida lingueta, também era conhecido por cais do Jones ou de D. Luiz e que dava o nome à amarração ou ancoradouro do cais do Jones, D, Luiz ou Canto da Ponte, muito temido pelos pilotos da barra, devido à sua apertada proximidade de ambas as pontes. Era muito frequente, verem-se navios de vela e mesmo a vapor amarrados naquele lugar realizando as suas operações comerciais de carga e descarga.
Aquela lingueta estava registada em nome de Joseph Jones, um cidadão inglês, residente no lugar do Candal, Vila Nova de Gaia, e com escritório sedeado na Rua de S. Francisco, 21 – 1º, cidade do Porto. Era negociante e consignatário de mercadorias, importador de carregamentos completos de bacalhau. Em 1835 foi secretário da Associação Comercial do Porto.
O porto comercial do Douro ou do Porto, como ainda há alguns anos era conhecido, possuía vários lugares de amarração de navios, cujos nomes, lhes foram dados na sua maioria pelos práticos da barra. As embarcações de armadores sedeados na cidade do Porto, eram registadas na capitania do porto do Porto e não na do Douro como actualmente, e à popa ou na frontaria da casa do leme ostentavam o nome de Porto. As embarcações do porto de Lisboa, que se saiba não são matriculadas no porto do Tejo!
Os outros lugares de amarração, ancoradouros ou fundeadouros eram os seguintes, a partir de montante e da margem do Porto: Alminhas, Escadas das Padeiras, Faria, Terreiro/Estiva, Lingueta do Terreiro, Lingueta dos Banhos ou Porta Nova, Escadas e Quadro da Alfandega, Monchique, Lingueta da Cabrea (possuía uma cabrea rudimentar para movimentação de volumes pesados), Oeste da Cabrea, Guindaste Eléctrico, Cais das Pedras, Lingueta da Água, Lingueta do Peixe ou dos Pescadores (mais tarde foi instalada a prancha-cais do Frigorífico do Peixe, actual hélibase), Quadro dos Bacalhoeiros, Prancha do Frigorífico do Bacalhau (CRCB), Quadro dos Vasos de Guerra, Lingueta do Bicalho, Prancha da Shell/Vacuum Oil (actual cais desactivado da Secil), Gás/Ouro, Caneiro da Ínsua e Cantareira com as suas três linguetas. tendo sido a de jusante destinada a serviços, nomeadamente da pilotagem. Margem de Gaia, também a partir de montante: Jones, Sandeman, Ramos Pinto, Vanzelleres, Freiras, Elevador, (estes três lugares abrangem hoje o cais de Gaia, primitivamente cais do Vinho do Porto), Cruz, Fontinha, Senhor da Boa Passagem, Carbonífera, Sto. António do Vale da Piedade, Cais do Cavaco, Arrozeira, Lingueta do Lugan, Lingueta da Louça, Afurada e São Paio e um ou outro de pouca importância. Todas as margens eram dotadas de cabeços ou peorizes de amarração, mesmo na barra, a fim de segurarem as embarcações que garrassem nas cheias ou sofressem incidentes durante a sua navegação.
Rui Amaro
Entre outras linguetas existentes nas margens do porto do Douro encontrava-se a do Jones, como uma das mais importantes, situada muito próximo da ponte Pênsil e do tabuleiro inferior da actual ponte D. Luiz I, e embora o nome seja mantido, é desconhecido por grande parte das populações, desde que a navegação mercante iniciou o abandono do porto do Porto.
O local onde existe a referida lingueta, também era conhecido por cais do Jones ou de D. Luiz e que dava o nome à amarração ou ancoradouro do cais do Jones, D, Luiz ou Canto da Ponte, muito temido pelos pilotos da barra, devido à sua apertada proximidade de ambas as pontes. Era muito frequente, verem-se navios de vela e mesmo a vapor amarrados naquele lugar realizando as suas operações comerciais de carga e descarga.
Aquela lingueta estava registada em nome de Joseph Jones, um cidadão inglês, residente no lugar do Candal, Vila Nova de Gaia, e com escritório sedeado na Rua de S. Francisco, 21 – 1º, cidade do Porto. Era negociante e consignatário de mercadorias, importador de carregamentos completos de bacalhau. Em 1835 foi secretário da Associação Comercial do Porto.
O porto comercial do Douro ou do Porto, como ainda há alguns anos era conhecido, possuía vários lugares de amarração de navios, cujos nomes, lhes foram dados na sua maioria pelos práticos da barra. As embarcações de armadores sedeados na cidade do Porto, eram registadas na capitania do porto do Porto e não na do Douro como actualmente, e à popa ou na frontaria da casa do leme ostentavam o nome de Porto. As embarcações do porto de Lisboa, que se saiba não são matriculadas no porto do Tejo!
Os outros lugares de amarração, ancoradouros ou fundeadouros eram os seguintes, a partir de montante e da margem do Porto: Alminhas, Escadas das Padeiras, Faria, Terreiro/Estiva, Lingueta do Terreiro, Lingueta dos Banhos ou Porta Nova, Escadas e Quadro da Alfandega, Monchique, Lingueta da Cabrea (possuía uma cabrea rudimentar para movimentação de volumes pesados), Oeste da Cabrea, Guindaste Eléctrico, Cais das Pedras, Lingueta da Água, Lingueta do Peixe ou dos Pescadores (mais tarde foi instalada a prancha-cais do Frigorífico do Peixe, actual hélibase), Quadro dos Bacalhoeiros, Prancha do Frigorífico do Bacalhau (CRCB), Quadro dos Vasos de Guerra, Lingueta do Bicalho, Prancha da Shell/Vacuum Oil (actual cais desactivado da Secil), Gás/Ouro, Caneiro da Ínsua e Cantareira com as suas três linguetas. tendo sido a de jusante destinada a serviços, nomeadamente da pilotagem. Margem de Gaia, também a partir de montante: Jones, Sandeman, Ramos Pinto, Vanzelleres, Freiras, Elevador, (estes três lugares abrangem hoje o cais de Gaia, primitivamente cais do Vinho do Porto), Cruz, Fontinha, Senhor da Boa Passagem, Carbonífera, Sto. António do Vale da Piedade, Cais do Cavaco, Arrozeira, Lingueta do Lugan, Lingueta da Louça, Afurada e São Paio e um ou outro de pouca importância. Todas as margens eram dotadas de cabeços ou peorizes de amarração, mesmo na barra, a fim de segurarem as embarcações que garrassem nas cheias ou sofressem incidentes durante a sua navegação.
Rui Amaro
O lugre-motor Português OLIVEIRENSE (SNAB) amarrado no lugar do Cais ou Lingueta do Jones em 17/10/1964, a fim de descarregar bacalhau para a seca de Lavadores. Este navio, primitivamente esteve registado na praça do Porto e não na do Douro /(c) Foto de Rui Amaro/.
O navio-motor inglês DARINIAN (Ellerman Lines) em manobra de rotação para abandonar o lugar do Jones, década de 50. /Postal ilustrado/.
O vapor alemão HERMAN BURMESTER (OPDR) amarrado no lugar do Quadro da Alfandega, vendo-se a montante, no lugar das Escadas da Alfandega um vapor da Ellerman Lines. Década de 20)/Postal ilustrado/
O navio-motor holandês DA CAPO (VNG&Co's) atracado à Lingueta da Cábrea em operações de descarga de volumes pesados, década de 50. /(c) Foto de F. Cabral/.
Lugres da praça do Porto amarrados no Quadro dos Bacalhoeiros, Massarelos, década de 30. /(c) Foto de autor desconhecido - Colecção de F. Cabral/.
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