Dos Grandes Bancos da Terra Nova, já regressaram aos seus portos de armamento os navios de pesca à linha que ali se demoraram na safra do bacalhau, e naqueles "bancos" conseguiram carregar os porões após cinco meses de árduas e duras tarefas no mar.
Depois do HORTENSE, do GAZELA PRIMEIRO e do BRITES, demandou a barra de Aveiro, o lugre-motor LUISA RIBAU na sua primeira campanha, com um carregamento de 13.000 quintais de bacalhau frescal – a maior carga daquele ano capturada exclusivamente naquela zona pesqueira.
O primeiro navio do "dory" a chegar a Portugal, foi o AVIZ, vindo directamente dos mares dos gelos da Groenlândia, que demandou o porto de Leixões, a fim de desembarcar a sua companha de pescadores, e como vinha bastante "afogado" fundeou na bacia para aguardar melhor maré para passar a barra do Douro em segurança.
O lugre-motor LUISA RIBAU após o seu lançamento à água em 03/1953.
LUISA RIBAU – 50m/712,33tb; 16/0371953 entregue por João Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, porto de Aveiro, à Sociedade Gafanhense, Lda., Ilhavo; tendo sido o último lugre de velas e motor auxiliar construído em Portugal; 09/1953 na sua primeira campanha, quando em rota da Groenlândia para a Terra Nova suportou mar de violento ciclone, que acabou por lhe desfazer a ponte de comando, ficando com dificuldade de governo, valeu-lhe o navio-motor VILA DO CONDE, do Porto, que o comboiou até demandar o porto de São João da Terra Nova, onde lhe foram feitas reparações e instalada uma casa do leme provisória, tendo chegado a Aveiro com um péssimo aspecto; 23/08/1973 naufragou por incêndio nos Grandes Bancos da Terra Nova, tendo todos a bordo sido salvos por outros navios.
O lugre-motor AVIZ acompanhado da lancha de pilotos P12 no momento que se preparava para fundear na bacia do porto de Leixões.
AVIZ – 51m/523gt; 1939 entregue por Manuel Maria Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, porto de Aveiro, à Companhia de Pesca Transatlântica, Lda., Porto; 01/1962 ficou celebre por ter suportado a grande cheia do rio Douro no meio do rio apenas com as amarras de proa, depois das amarrações estabelecidas para terra terem rebentado, devido à forte corrente, conquanto uma grande parte da navegação surta no rio, foi barra fora ou ficaram encalhadas nas margens, embora tenham sido recuperada, e levada para Leixões, ou mais tarde postas a flutuar; 21/09/1965 naufragou a 94mn a sul do porto de São João da Terra Nova, tendo todos a bordo sido salvos por outros navios.
Fontes: O Primeiro de Janeiro 08/1953; Miramar Ship Index
Gravuras: Imprensa diária Portuense –1953.
Rui Amaro
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